Nossa carteira sugerida de fundos imobiliários passa por uma alteração para abril: saem as cotas do HSI Malls (HSML11), dando lugar às cotas do BTG Pactual Crédito Privado (BTCR11).

Gostamos muito da perspectiva de HSML11 para o médio e o longo prazo, mas optamos por sua saída na carteira de FIIs dadas as perspectivas ainda ruins para a pandemia e os impactos deste cenário sobre suas operações. 

Já em relação ao BTCR11, acreditamos que o fundo pode se beneficiar do aumento da taxa de juros esperado para o ano. O fundo tem 42% de sua carteira de CRIs indexada a CDI + 2,25% (acreditamos que a taxa Selic atinja 5% ao ano em setembro deste ano), assim como também deve seguir se beneficiando do cenário de inflação alta no curto prazo, dada a exposição de 58% de sua carteira de CRIs a IPCA + 5,75% ou IGPM + 8,3%.

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Após as alterações na carteira de fundos imobiliários, os segmentos de logística e ativos financeiros aparecem como os mais representantes: cada um com 30% de participação na carteira. Complementam o portfólio os segmentos de escritórios e os fundos híbridos, ambos com 20% de participação cada.

Confira a carteira completa de fundos imobiliários.

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Desde 5 de março, a carteira apresentou leve valorização de 0,05%, contra uma queda de 0,12% do Ifix, o índice de referência para os fundos imobiliários, no mesmo período.

Além de acompanhar o preço das cotas dos fundos, a distribuição de rendimentos mensais também compõe parcela importante do resultado. Para a carteira de abril, projetamos dividend yield de 7,2% no período de um ano.

Conheça, também, um pouco mais sobre cada fundo imobiliário da carteira. Você também pode conferir o relatório completo aqui.

  • JS Real Estate (JSRE11)

Conta com o patrimônio dividido em: 93% imóveis e participações, 1% títulos públicos, 6% cotas de FIIs.

Os imóveis do fundo estão em boas localizações e seu portfólio tem uma ABL total de 121.935 mil m² por meio de participação em cinco edifícios corporativos: Ed. Paulista, SPE Shaula (Rochaverá), Ed. WTNU III, Ed. Praia Botafogo 440 e Ed. Tower Bridge Corporate.

  • Vinci Offices (VINO11)

O Vinci Offices é um fundo de escritórios com foco em Boutique Offices em que possui partifipação em 9 ativos, totalizando 47 mil m² de ABL.

Ele conta com 57% dos seus imóveis localizados na cidade de São Paulo e 43% no Rio de Janeiro, localizados nos principais endereços dessas cidades.

O Vinci Offices possui controle total de 97% de seus imóveis, o que garante maior comando para o fundo na administração de seus edifícios

  • CSHG Renda Urbana (HGRU11)

O HGRU é um fundo híbrido com R$ 2,4 bilhões de patrimônio líquido alocado 73% em imóveis, 5% em FIIs, 11% SPVJ11, 7% CRI, 4% na Renda Fixa.

O seu patrimônio está exposto a setores como varejista (25%), educacional (28,8%), e supermercadista (46,2%) sendo que seus imóveis são localizados em SP (70,3%), RJ (8,4%), Paraná (10,6%), Bahia (5,7%), Minas Gerais (4,5%) e Santa Catarina (0,5%), o que confere diversificação geográfica ao portfólio.

  • TRX Real Estate (TRXF11)

O TRX Real Estate é um fundo que possui 366.992,24 m² distribuídos em 43 imóveis espalhados pelo país. Ele tem como inquilinos as principais lojas varejistas do país como Assaí, Pão de Açúcar e Extra. 

Além da exposição a inquilinos resilientes, o fundo também conta com uma diversificação geográfica em sua receita, sendo suas maiores exposições 42,8% de SP, 15,57% de GO, 8,10% do CE, 7,20% do RJ, 5,92% da BA, 5,64% de PE.

  • Bresco Logística (BRCO11)

O Bresco Logística possui 11 propriedades com 413 mil m² de ABL.

Seus imóveis ostentam localizações premium, sendo que 67% se encontram em até 30 km do centro de São Paulo, o que os traz uma grande vantagem competitiva para os locatários do setor logística, por conta da sua proximidade a esse grande centro urbano.

Os contratos de locação possuem prazo médio remanescente de 3,9 anos e 71% são atípicos, o que traz maior resiliência para o fundo.

  • VBI Logístico (LVBI11)

Apresenta uma ABL de 345.689 mil m² distribuídos em 8 ativos com localizações privilegiadas.

Conta com a maior parte dos locatários presentes entre setores que resistiram bem à crise, sendo 48% no segmento de logística e 18% no varejo.

Possui cerca de 27% de seus contratos atípicos, o que colabora para a permanência dos inquilinos nos imóveis.

  • RBR Log (RBRL11)

O RBR Log é um fundo de logística proprietário de 6 imóveis que totalizam 211.901 m².

Seus ativos estão localizados 32% no estado de São Paulo, 55% em Minas Gerais e 13% no Rio de Janeiro. Possui também diferentes estratégias para alocar seu capital sendo até 70% no Core (Investimento “Tijolo” diretamente ou FII exclusivo), até 30% (Via FIIs listados), até 20% Liquidez (Renda Fixa, LCIs, CRIs, e FIIs) e até 30% em Desenvolvimento (Direto ou via FIIs, quando identifica boas oportunidades).

  • BTG Pactual Crédito Privado (BTCR11)

Possui em sua carteira cerca de 92% em CRI Corporativo, 6% em Renda Fixa e 2% em FIIs.

Sua carteira de CRIs tem uma exposição diversificada pensando nos maiores devedores, sendo os principais JSL, GPA, GLP, HBR e Vitacon.

Possui como maiores indexadores 53% IPCA +5,75%, 42% CDI + 2,25% e 5% IGP-M +8,3%.

  • Kinea Índice de Preços (KNIP11)

Apresenta um portfólio de 91% em CRIs, 7,6% em Caixa e 1,4% FII.

Por setor, vemos que seus ativos estão mais concentrados em Lajes Corporativas, com 37,3%, Shopping Centers com 20,3%, e Galpões Logísticos com 14,7%.

Já no quesito indexador, vemos que o fundo está se beneficiando da alta da inflação por ter 90,9% de seus ativos alocados ao IPCA e 1,5% em IGP-M, e também apresenta uma exposição de 7,6% à Selic.

  • CSHG Recebíveis Imobiliários (HGCR11)

Possui em sua carteira cerca de 72,20% em CRI Corporativo, 6,30% em Renda Fixa, 16,2% em FIIs, 4,8% em CRI Residencial e 0,5% em LCI.

Sobre a classificação por rating dos CRIs, vemos que o fundo apresenta boas classificações de riscos e suas garantias estão espalhadas por diversos setores como 27% em Logística, 25% Residencial, 30% Varejo, entre outros segmentos.