O mercado de fundos imobiliários tem recebido um destaque adicional nas últimas semanas, depois que o governo anunciou uma proposta tributária que taxaria os rendimentos pagos por esses ativos.

A proposta chegou a derrubar o desempenho do Ifix no fim de junho, mas o índice já recuperou as quedas, graças à perspectiva de que o Congresso deverá manter a isenção para a classe.

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Aqui no Safra, a Carteira de FIIs permanece inalterada em relação ao mês anterior. A estimativa é que os rendimentos pagos pelo portfólio sugerido sejam de 8%. A maior exposição segue em fundos de CRIs e segmento de logística.

Veja abaixo a carteira completa para julho. Para saber mais detalhes sobre cada ativo, clique aqui.

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A Carteira de FIIs apresentou desvalorização de 0,43% desde 11 de junho, contra uma alta de 0,32% do Ifix. Nos últimos 12 meses, a carteira apresenta uma valorização de 2,22% versus alta de 2,55% do Ifix.

Os destaques positivos no último mês foram JS Real Estate (JSRE11), CSHG Recebíveis Imobiliários (HGCR11) e Kinea Índice de Preços (KNIP11). Do lado negativo, Pátria Logística (PATL11), TRX Real Estate (TRXF11) e Bresco Logística (BRCO11).

Mercado imobiliário no 2º tri

No segundo trimestre de 2021, o mercado de escritórios classe A de São Paulo voltou a apresentar absorção líquida negativa, semelhante ao trimestre anterior. Segundo a consultoria Cushman & Wakefield, a absorção líquida foi de -17,4 mil m², com a maioria das saídas ocorrendo em maio, mês que registrou uma absorção de quase -9 mil m².

O preço médio pedido no mercado registrou alta de R$ 0,83 / m² (t/t) e encerrou o período em R$ 102,33/m². Esse crescimento deveu-se principalmente ao aumento do valor da região da Marginal Pinheiros.

Apesar das empresas devolverem espaços, algumas ocupações foram registradas, fechando o período com absorção bruta de 5,5 mil m². Além disso, serão locados mais 140 mil m² e cerca de 4,2 mil m² para serem devolvidos, deixando um valor forte que deverá transformar-se em ocupação positiva num futuro próximo.

Isso mostra que o mercado de escritórios de São Paulo continua atraente e dinâmico. A taxa de vacância aumentou 1,8 p.p. pelas absorções negativas, principalmente pela entrega de 61,2 mil m² de novos estoques, o que levou a taxa de vacância encerrar o trimestre em 25,4%.

Já no Rio de Janeiro, o mercado se recuperou, depois de experimentar absorção líquida negativa no primeiro trimestre do ano. O segundo trimestre teve absorção líquida de 15,4 mil m². O região portuária foi a principal responsável por isto, por conta da ocupação de uma seguradora

E apesar da queda na taxa de vacância neste trimestre, a expectativa é que ela continue elevada até que haja sinais de melhora econômica. Desde o primeiro trimestre de 2018, o Rio de Janeiro tem visto uma queda consecutiva no preço médio.

No mercado de galpões industriais, o número de entregas e absorções no país foram fortes mais uma vez neste trimestre, apresentando resultados melhores do que no mesmo período do ano passado. Neste trimestre foram entregues 372 mil m² de novos estoques, números que não eram vistos desde 2016, o dobro em relação ao trimestre anterior. A região Sudeste foi responsável por 89% do total entregue.

Com isso, a absorção líquida também foi bastante ampla, com 394,7 mil m² absorvidos, um aumento de 86% (t/t), o segundo trimestre com melhor desempenho desde 2014.

Pela primeira vez em um ano, o preço pedido aumentou, 1,5% (t/t), fechando em R$ 19,31 por m²/mês. É a maior solicitação preço desde 2019. Esse aumento no aluguel pedido é resultado do novo estoque sendo entregue a um preço pedido mais alto devido à inflação nos preços de construção.