Para este mês de maio, a carteira Safra Top 10 Ações traz como principal movimentação a troca de Rumo Logística (RAIL3)  por JBS (JBSS3).

A saída de Rumo Logística deve-se à forte performance desde a sua inclusão e diante de uma pior perspectiva para a safra de milho em algumas regiões do Brasil, o que poderia impactar os volumes transportados de grãos em suas ferrovias.

Estamos incluindo a  JBS, pois a empresa está se posicionando aumentar a participação de produtos com maior valor agregado e para ganhar relevância em pescados e proteínas alternativas como vegetais e carne cultivada, o que pode ser uma oportunidade para ampliar a diversificação do seu portfólio olhando para o médio prazo.

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Vemos suas ações negociando a 4,3x o EV/Ebitda 2022e, o que representa um desconto em relação ao seu múltiplo histórico, oferecendo assim um atraente ponto de entrada. Adicionalmente, esperamos um resultado robusto no 1T22, reflexo da forte demanda por proteínas e preços elevados, principalmente na divisão US Beef, que deve sustentar boas margens no trimestre.

Adicionalmente, fizemos um ajuste de peso na carteira, reduzindo a participação em Itaú Unibanco (ITUB4), mas aumentando esse volume em Banco do Brasil (BBAS3).

Veja abaixo a recomendação completa para o mês de maio. Para conhecer mais detalhes, entre aqui.

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Em abril,  a Safra Top 10 Ações sofreu desvalorização de 9,20%, contra baixa de 11,26% do Ibovespa, considerando o reinvestimento de dividendos. Em 2022, a carteira acumula ganhos de 14,94%, ante 2,48% do índice.

O cenário internacional permanece desafiador. O conflito no leste europeu prejudica a oferta de commodities energéticas e agrícolas, o que tem pressionado os índices de preços ao consumidor. Por outro lado, a atividade econômica deverá desacelerar com a retirada dos estímulos pelos principais bancos centrais ao longo dos próximos trimestres.

No Brasil, o IPCA de março ficou em 1,62%, acumulando alta de 11,3% nos últimos doze meses. A deterioração das expectativas de inflação deverá levar o BCB a subir a taxa Selic para 12,75% a.a. em maio e indicar uma nova alta para sua reunião de junho, mas em menor magnitude. O ciclo de aperto monetário deverá prejudicar o desempenho da demanda doméstica, especialmente no segundo semestre desse ano.

Dessa forma, acreditamos que a acomodação do consumo das famílias e dos investimentos em máquinas e equipamentos ajudarão no processo de desinflação do médio prazo, o que sustenta nossa projeção de IPCA em 7,3% em 2022 e 4,0% em 2023.