Em setembro, o Fed, banco central americano, deu mais um passo na direção do início do processo de redução no volume de compras de ativos ao apontar que as condições necessárias já estão muito próximas de serem alcançadas.

A melhora acumulada do mercado de trabalho desde o final de 2020 bem como os dados de inflação acima da meta de inflação nos últimos anos foram citados como principais fatores para o potencial anúncio sobre esse tema na reunião de novembro.

Sobre o ritmo de redução das compras, a sinalização é de que a maioria dos membros do Fed espera encerrar o QE em meados de 2022.

Além disso, as projeções dos membros da autoridade monetária apontam para a possibilidade da primeira alta de juros em final de 2022 bem como a perspectiva de que o ritmo de normalização da política monetária seria de 75pbs ao ano até 2024, horizonte mais longo de projeções.

Assim, esperamos que o tapering comece em dezembro21, e ocorra ao longo do 1º semestre de 2022. A taxa de juros deve começar a ser normalizada entre o final de 2022 e início de 2023.

Em relação à inflação, os dados divulgados ao longo de setembro mostraram pressões significativas ainda nas variações anuais. Porém, na comparação mensal já é possível observar uma desaceleração, com alguns impactos relevantes dos últimos meses, relacionados com a reabertura da economia, começando a ceder.

Ainda restam algumas pressões pelas rupturas nas cadeias globais de distribuição, sem sinais de normalização no curto prazo.

Em resumo, a economia americana continua mostrando evolução no crescimento, refletindo a reabertura das atividades, especialmente do setor de serviços. Essa dinâmica permite ao banco central iniciar o processo de redução das compras de ativos, mas mantendo liquidez ampla e com a taxa de juros convergindo para patamar neutro somente ao longo dos próximos anos.

Neste cenário, para o mês de outubro, estamos reduzindo em 4 p.p a exposição a Conocophilips após a forte performance apresentada no último mês.

Também estamos reduzindo a exposição a Nvidia em 1 p.p dada a possibilidade crescente de que a companhia não conseguirá adquirir a Arm, dado que agências regulatórias dos EUA, China, Reino Unido e União Europeia estão atualmente revisando o negócio e os seus riscos para a competição.

Notamos um maior risco de não aprovação do negócio especificamente pela China e também pelo ambiente de maior risco que afeta as empresas de tecnologia.

Com isso, estamos aumentando em 5 p.p a exposição ao ETF de S&P 500 (IVVB11).

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