O Safra realizou um balanço dos resultados corporativos divulgados no 2º trimestre. A maioria dos números reportados nas últimas semanas surpreendeu positivamente, ficando acima das nossas estimativas.

Durante o período de abril a junho, a economia brasileira chegou mais perto de sua normalidade, com a dissipação dos efeitos da pandemia de Covid-19.

Destacamos que 55% dos resultados vieram acima de nossas expectativas, e 15% vieram em linha com nossos cálculos. Apenas 30% dos balanços ficaram abaixo do esperado.

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Das 84 empresas analisadas, 8% apresentaram prejuízo no 2º trimestre, bem melhor do que os 24% de um ano atrás.

Na comparação interanual, vimos uma alta de 45% nas vendas, de 105% no Ebitda e de 521% no lucro. Retirando a Petrobras da conta, o lucro líquido cresceu 89%, ainda assim mostrando uma forte bateria de resultados.

Embora tenha sido um trimestre muito positivo, os números reportados não devem bastar para mudar a tendência de queda do mercado, imposta pelas incertezas políticas e fiscais.

2t21-1 _1_.jpgContribuiu para a boa expansão em todas as linhas dos resultados a baixa base de comparação interanual, já que o mesmo trimestre em 2020 foi atingido em cheio pelas medidas de combate ao coronavírus.

Quando comparamos com as nossas expectativas, a receita das empresas de nosso universo de cobertura ficou 0,5% acima do que esperávamos, enquanto o Ebitda e o lucro líquido ficaram 9% e 31% acima.

Entre as principais surpresas positivas no trimestre estiveram os setores de petróleo e gás, com destaque para a Petrobras, em meio a uma forte recuperação nos preços do petróleo e melhora no volume de vendas, e transportes, setor em que todas as empresas vieram com resultados mais fortes, sobretudo as locadoras de veículos.

Outro destaque positivo foram as construtoras, beneficiadas pela aceleração nos lançamentos e consequente melhora de vendas.

Por outro lado, a surpresa negativa foi o setor de saúde. As empresas integradas apresentaram fraca performance, dado o forte aumento de sinistralidade pelo aumento das internações por Covid-19, efeito que deve se dissipar nos próximos trimestres.

O setor de bens de capital também veio bem abaixo, uma vez que a Aeris foi afetada por um adiamento de pedidos devido a forte alta nos preços das commodities.

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