O ano de 2021 promete para o setor imobiliário, na opinião do time de análise da Safra Corretora. A razão é o impulso fornecido pelas baixas taxas de juros, que tornam a compra de imóveis mais acessível no país.

Além disso, o nível ainda reduzido da Selic faz dos ativos imobiliários um investimento mais atrativo, na comparação com instrumentos de renda fixa.

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Por outro lado, a equipe da Safra Corretora lembra que a inflação do setor é um risco de curto prazo. De janeiro a novembro de 2020, os preços dos materiais de construção avançaram 17,7%, de acordo com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), enquanto o índice que serve para reajustar os contratos de financiamento imobiliário subiu 8,7% no ano.

Isso pode afetar especialmente as companhias voltadas ao segmento de baixa renda, que atuam sob um ambiente regulatório que limita a capacidade de repassar custos.

Inflação em terrenos

Outro ponto de atenção é uma possível alta mais persistente nos preços dos terrenos, que pode pressionar as construtoras residenciais de média e alta renda.

Nosso time destaca que as empresas do setor já levantaram mais de R$ 7 bilhões com ofertas de ações em 2019 e 2020 – e mais algumas devem ocorrer até 2022.

Boa parte desses recursos, avalia nosso analista Luiz Peçanha, deve ser utilizada para a construção de um banco de terrenos com o objetivo de entregar crescimento.

Assim, empresas com terrenos insuficientes para lançamentos projetados para os próximos anos podem encarar dificuldades para atingir suas metas de lançamento. Um risco também é a deterioração da rentabilidade dos projetos, se a participação dos terrenos aumentar nos custos totais dos projetos.

Para conhecer a opinião do nosso time sobre as duas incorporadoras com maior peso no Ibovespa, acesse aqui para Cyrela (CYRE3) e aqui para MRV (MRVE3).

Siga acompanhando a nossa Central de Conteúdo para conhecer, em breve, a avaliação dos analistas do Safra sobre alguns dos resultados operacionais no setor durante o último trimestre de 2020.