O Banco Central divulgou nesta terça-feira, 22, a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). Para a equipe de Macroeconomia do Safra, o documento reforçou que o ciclo de queda da taxa de juros chegou ao fim.

Apesar de o comitê não ter fechado completamente a porta para novos cortes, essa possibilidade parece limitada pela preocupação com a reação do mercado a um ambiente de taxa de juros ainda mais baixa.

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Desse modo, nossos especialistas avaliam que quedas adicionais só deveriam ser observadas em caso de decepção muito grande com a recuperação da economia que pudesse levar à desancoragem das expectativas de inflação. Sobre esse aspecto, nossa equipe lembra que o ritmo da retomada ainda está condicionado à evolução da pandemia.

Nesse contexto, o cenário-base do Safra segue de estabilidade da taxa Selic em 2,0% ao longo de 2020 e 2021.

Principais pontos

O Copom também mostrou preocupação com o elevado nível de ociosidade da economia, principalmente no setor de serviços, e com o grau de incerteza em relação aos efeitos do fim dos programas de estímulo, no Brasil e no exterior, segue muito elevado.

Nesse sentido, os dirigentes reforçaram a decisão de se adotar o forward guidance como forma de elevar o grau de estímulo monetário, dada a necessidade de se manter cautela frente a questões prudenciais. O Copom avaliou que as condições para a manutenção dessa ferramenta seguem satisfeitas.

Por fim, o comitê observou novamente que “apesar de uma assimetria em seu balanço de riscos, o Copom não pretende reduzir o grau de estímulo monetário, a menos que as expectativas de inflação, assim como as projeções de inflação de seu cenário básico, estejam suficientemente próximas da meta de inflação para o horizonte relevante de política monetária, que atualmente inclui o ano-calendário de 2021 e, em grau menor, o de 2022.”