A resseguradora IRB Brasil Re reportou seus resultados não-auditados de julho na manhã desta quarta-feira, 23, com números que sinalizam para um fraco terceiro trimestre, período no qual foi impactada pela descontinuidade de contratos. 

O resultado negativo não é surpresa, uma vez que a própria companhia havia antecipado para esse fato no evento de divulgação dos números do segundo trimestre. 

Em relatório assinado por Luis Azevedo e Silvio Dória, a equipe de análise da nossa Corretora projeta que a companhia pode apresentar resultados sequencialmente melhores nos meses seguintes a julho, provavelmente chegando ao positivo em setembro. 

A recomendação, no entanto, permanece em "Neutra", com preço-alvo de R$ 7,80 para o final de 2021. O papel encerrou o último pregão cotado a R$ 5,75. No final de agosto, havíamos reforçado que a recomendação continuaria neste nível até que se tenha mais visibilidade sobre o novo patamar de rentabilidade sustentável da empresa. 

Os números de julho

A companhia anunciou um prejuízo líquido de R$ 62,4 milhões. Excluindo o impacto de negócios descontinuados, o número mostraria um resultado positivo de R$ 36 milhões.

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Já o faturamento bruto mais que dobrou, avançando 100,8% na comparação com julho do ano passado, para R$ 1,55 bilhão. Esse crescimento foi influenciado principalmente por conta de uma renovação de contrato no segmento de óleo e gás, com aumento de cobertura. Essa renovação já havia sido antecipada pela companhia na divulgação dos resultados do segundo trimestre.

O índice de sinistralidade reverteu uma tendência de alta observada no primeiro semestre, e em julho recuou de 108% para 97,1%. Excluindo-se os efeitos dos negócios descontinuados, o número recuaria para 73,2%.

Neste ano, o IRB Brasil Re anunciou uma transformação na gestão da companhia. Após vir a público práticas contábeis irregulares, o que demandou revisitar os números da empresa de 2019 e de anos anteriores, a companhia anunciou um novo conselho de administração em abril.