Sem a referência dos mercados em Nova York, os ativos oscilaram bastante no Brasil ao longo do último pregão.

O Ibovespa abriu em baixa, pressionado pelas ações da Petrobras, que caíram 5% pela manhã, quando chegaram a ter suas negociações suspensas.

Mas o índice conseguiu encerrar no campo positivo, acompanhando a recuperação da estatal, que encerrou em alta de cerca de 1%.

Toda essa volatilidade esteve associada à renúncia do presidente da Petrobras, José Mauro Coelho, pouco tempo depois do reajuste da gasolina e do diesel que passou a valer no último sábado.

A empresa nomeou como presidente interino o diretor executivo de exploração e produção, Fernando Borges.

Mas a intenção do governo é que Caio Paes de Andrade, secretário de desburocratização do Ministério da Economia, assuma o cargo nos próximos dias. Lembrando que Paes de Andrade foi indicado ao comando da Petrobras há quase um mês.

As reações do mercado ontem refletem a menor previsibilidade acerca da governança da empresa, mas também indicam que a estrutura da política de preços pode não sofrer maiores alterações.

Na agenda de hoje, iremos acompanhar com atenção a publicação da Ata do Copom. O documento irá detalhar a reunião da semana passada, quando o comitê elevou a Selic para 13,25%, como se esperava.

O foco é compreender a visão do Banco Central para os próximos meses, em especial as condições para eventualmente encerrar o ciclo de aumento de juros na próxima reunião.

A instituição encara um cenário particularmente incerto para a inflação, em meio à aprovação de medidas que trazem alívio para este ano, mas que podem dificultar o atingimento da meta em 2023.

Vale dizer que, com a redução dos impostos sobre energia e combustíveis, o Safra revisou as estimativas para o IPCA, esperando alta de 7,3% em 2022, e de 4,8% no ano seguinte.

Você pode conferir mais detalhes sobre as projeções no novo episódio do Safra Weekly.

Enquanto isso, nos Estados Unidos, as atenções se voltam para novos dados sobre o setor imobiliário, que vem perdendo fôlego com o avanço no custo do financiamento por lá.

O número em questão hoje é o de revenda de residências em maio, e o consenso de mercado prevê nova baixa mensal.