Ontem, o Ibovespa fechou o dia em alta, seguindo o movimento das bolsas norte-americanas, que buscam recuperação após algumas semanas fechando no vermelho.

Os investidores reagem a alta no preço das commodities e à afirmação do presidente dos EUA, Joe Biden, de que as tarifas impostas a produtos chineses durante a administração do ex-presidente Donald Trump podem ser revisadas, num momento em que os EUA lutam para controlar a inflação.

Já o minério de ferro teve forte alta, após a Índia ter elevado as tarifas de exportação da matéria-prima e de diferentes produtos siderúrgicos, num esforço para conter a pressão inflacionária no mercado interno.

Com isso e com a valorização do petróleo, as ações de grandes empresas do índice, como Petrobras e Vale, e que são mais expostas a variação do preço da commodity, tiveram bom desempenho e puxaram o Ibovespa para cima.

Na agenda externa de indicadores, na Alemanha a pesquisa IFO com participantes da economia real registrou melhora na leitura de maio, com o indicador registrando 93,0 pontos, ante 91,9 em abril, acima dos 91,4 pontos esperados pelo mercado.

A alta foi justificada principalmente pelo componente de situação atual, que saiu de 97,3 para 99,5 pontos. Já o componente de expectativas ficou praticamente estável, saindo de 86,8 para 86,9 pontos.

Na sessão de hoje, será divulgado o IPCA-15 referente ao mês de maio. Projetamos forte desinflação na margem, com o índice variando 0,48%, vindo de 1,73% em abril.

Esse resultado é puxado por uma deflação de ‘Energia Elétrica’, em virtude da adoção da bandeira tarifária ‘Verde’, e por uma desaceleração em ‘Combustíveis’, dada a dissipação dos efeitos do último reajuste. Também corrobora esse resultado uma moderação da inflação de ‘Alimentos in natura’.

A inflação acumulada em 12 meses deve acelerar, passando dos 12,03% registrados em abril para 12,08%.

Vale mencionar que revisamos nossa estimativa para o IPCA em 2022, de 8,1% para 8,7%. Para 2023, prevemos que o IPCA avance 4,5%, uma taxa bem acima da meta de 3,25%

estabelecida para o ano e próxima do teto de 4,75% para a flutuação admitida para os preços ao redor dessa meta.

No exterior, serão divulgados os PMI’s da Alemanha, zona do Euro, Reino Unido.