Como era esperado, a volta do feriado na Bolsa brasileira foi de firme baixa, replicando o comportamento negativo verificado no exterior na quinta-feira.

Desse modo, assim como nos Estados Unidos e na Europa, o recuo do principal índice de ações do Brasil foi da ordem de 5% na semana.

Isso levou o Ibovespa a operar abaixo dos 100 mil pontos pela primeira vez desde novembro de 2020.

O motivo é basicamente o mesmo que tem afetado os ativos ao longo deste ano, especialmente a partir do segundo trimestre. Trata-se do aumento de juros em algumas das principais economias do mundo.

Nos Estados Unidos, o temor é que as medidas mais rigorosas do Fed levem a maior economia do mundo a entrar em recessão.

Já o Banco Central Europeu tem ainda o desafio de apertar a política monetária na região, sem comprometer as finanças de países mais endividados, como a Itália.

Os bancos centrais continuam no centro das atenções nesta penúltima semana de junho.

Internamente, a ata do Copom será publicada amanhã, trazendo detalhes sobre o aumento da Selic para 13,25% ao ano.

Lá fora, o mercado aguarda os discursos do presidente do Fed, Jerome Powell, previstos para quarta e quinta-feira no Congresso americano.

Outro ponto de atenção é o IPCA-15, que será conhecido na sexta-feira. O índice deve indicar a tendência da inflação no Brasil neste mês de junho.

Quanto a esta segunda-feira, a agenda de indicadores é mais calma, e os investidores devem acompanhar os desdobramentos das discussões em Brasília que têm como alvo a política de preços da Petrobras.

Além disso, às 3 da tarde, teremos a live sobre o Safra Report, o relatório mensal que traz a nossa visão sobre economia e investimentos. Para acompanhar, basta acessar o link na descrição deste programa.

Lembrando que hoje é feriado nos Estados Unidos, o que deve reduzir o volume dos negócios ao redor do mundo.