Os mercados tiveram uma firme recuperação na sessão ontem, após a redução nas posições de risco observada na véspera. Aqui no Brasil, o Ibovespa retomou o nível dos 125 mil pontos e o dólar voltou a ceder.

Entre os destaques do índice de ações estiveram os papéis de frigoríficos, como a JBS, que saltou mais de 6% ontem. O setor foi impulsionado pela dificuldade da China em controlar a peste suína que atinge os rebanhos por lá. Segundo informações da Reuters, já foram reportados 11 novos surtos no país apenas neste ano.

O mercado também esteve atento ontem aos números de produção da Vale. A empresa reportou um aumento trimestral de 11% na produção de minério de ferro, com um total de quase 76 milhões de toneladas no período, um volume um pouco menor do que o projetado pelo Safra.

As ações da mineradora, que têm o maior peso no Ibovespa, fecharam em alta perto de 1%. A companhia irá divulgar seus resultados financeiros na semana que vem.

A recuperação ainda foi reforçada pela expectativa positiva dos investidores com a vacinação do país, uma vez que a Pfizer começou ontem a intensificar a entrega de doses de sua vacina contra a Covid-19. A empresa deve trazer ao país em média 1 milhão de doses por dia até o fim do mês.

A melhora no humor também marcou os negócios no exterior. O destaque positivo foi o Dow Jones, nos Estados Unidos, que fechou em alta de 1,6%. A cotação do petróleo também reagiu e devolveu parte do tombo de segunda-feira, fechando em alta de 1% ontem.

Com a agenda mais vazia, ganharam mais relevância os novos dados sobre o mercado imobiliário americano. As construções residenciais iniciadas no país avançaram mais de 6% de maio para junho, ficando quase 30% acima do nível de um ano atrás.

O resultado foi melhor do que o esperado, mas vale ponderar que as licenças concedidas no período para novas construções recuaram.

O calendário econômico segue calmo hoje e os investidores devem acompanhar os balanços trimestrais de algumas das maiores multinacionais do mundo.