Apesar do ambiente negativo no exterior, o Ibovespa encerrou aos 99 mil pontos, com um ganho semanal de 0,3%, o primeiro em um mês.
A Petrobras ajudou a sustentar o índice no campo positivo. As ações da estatal ganharam 8% na semana, após a aprovação do seu novo presidente.
O dólar, por outro lado, seguiu em trajetória de alta. A moeda americana subiu 1,3% na semana, cotada a R$ 5,32.
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No exterior, dirigentes de alguns dos principais bancos centrais do mundo reconheceram que o combate à inflação pode eventualmente provocar uma recessão econômica. Com isso, o S&P 500 perdeu 2,2% na semana.
O sentimento de cautela impediu um alívio com os dados de inflação conhecidos esta semana nos Estados Unidos. A variação anual do núcleo do índice PCE caiu para 4,7% em maio, menor nível em 2022. A medida é monitorada com atenção pelo Fed.
Recuperação do emprego no Brasil
Os novos números sobre o mercado de trabalho no Brasil surpreenderam positivamente. Segundo os dados do Caged, o país registrou um saldo de 277 mil novos empregos com carteira assinada em maio.
Assim como no levantamento anterior, o setor de serviços foi responsável pela maior criação líquida de postos no mês.
Além disso, a taxa de desemprego no Brasil surpreendeu ao cair para 9,8% na Pnad de maio. É o menor nível para o período desde 2015.
Quanto ao resultado primário de maio, o governo central (Tesouro, Previdência e BC) apresentou déficit de R$ 39,4 bilhões, um rombo superior ao esperado pelos analistas para o mês.
Ainda sobre a frente fiscal, o mercado repercutiu a aprovação, no Senado, da PEC que prevê mais de R$ 40 bilhões em aumentos de benefícios pagos pelo governo.
O montante não fará parte do teto de gastos, servindo para ampliar o Auxílio Brasil e o vale-gás, além de criar um benefício para caminhoneiros e também para taxistas.
Também foi definido um subsídio à gratuidade em transporte coletivo, e uma compensação aos Estados que concederem créditos tributários para o etanol.
As medidas têm duração prevista até o final do ano de 2022, e ainda precisam ser analisadas pela Câmara dos Deputados. O objetivo do governo é aprovar a proposta antes do recesso parlamentar, que começará em duas semanas.