Com grande contribuição dos setores financeiro, imobiliário e de consumo, o Ibovespa subiu 3,2% na semana, a terceira seguida de ganhos. Na máxima de sexta-feira, o índice operou acima dos 107 mil pontos pela primeira vez em quase dois meses. Já o dólar acabou cotado a R$ 5,17, leve baixa semanal de 0,1%.

O movimento positivo no mercado de ações foi reforçado pela sinalização de que o ciclo de aperto monetário no país chegou ou está bem perto de chegar ao fim.

Ao aumentar a Selic para 13,75% ao ano, o Copom informou que irá avaliar a necessidade de um ajuste residual, de menor magnitude, na próxima reunião. Ou seja, deixou em aberto a possibilidade de elevar a Selic a 14% em setembro.

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Já nos Estados Unidos, o S&P 500 não se distanciou muito da estabilidade nos últimos dias, encerrando em leve alta de 0,4% na semana. Correções de nomes dos setores farmacêutico e de petróleo ofuscaram mais uma recuperação de papéis de tecnologia.

Os investidores acompanharam números oficiais que podem influenciar os próximos passos do Fed. A forte criação de empregos em julho, divulgada na sexta-feira e acompanhada de uma nova expansão dos salários e queda no desemprego para 3,5%, tende a encorajar o prolongamento do ciclo de aperto monetário por lá. Os dados provocaram ainda uma firme alta das taxas do Tesouro americano.

Além disso, o mercado esteve alerta ao noticiário envolvendo as relações entre Washington e Pequim, em meio à chegada da presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, à capital de Taiwan.

Trata-se da principal autoridade americana a visitar a região desde 1997, o que levou a China a anunciar operações militares ao redor da ilha.

No mercado de commodities, o petróleo recuou perto de 10% na semana. O barril de Brent encerrou abaixo de US$ 95. Apesar da força do mercado de trabalho americano, a possibilidade de recessão global continua a preocupar.

O Banco da Inglaterra, por exemplo, alertou que o Reino Unido caminha para entrar em uma recessão a partir do quarto trimestre e que deve se estender pelo ano que vem.