Com recorde atrás de recorde, o Ibovespa encerrou a sexta-feira no nível inédito de 130 mil pontos. O principal índice de ações do Brasil fechou todas as sessões da semana em alta, acumulando ganho de 3,6% no período.

É a terceira alta semanal consecutiva do índice, que foi liderado desta vez pelo salto de 14% das ações da Via Varejo (VVAR3) e da Braskem (BRKM5).

O real, por sua vez, foi destaque no mercado de câmbio. A moeda brasileira fechou com avanço semanal de 3,4% ante o dólar, que acabou cotado a R$ 5,03 na sexta-feira, mínima de 2021.

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Lá fora, as variações nos mercados de ações foram mais modestas. O S&P 500 registrou alta de 0,6% na semana e ficou perto de sua pontuação recorde, enquanto o Stoxx 600 subiu 0,8%, no topo histórico.

O bom humor com os ativos brasileiros foi reforçado nos últimos dias pelos números oficiais de crescimento do país.

Além disso, o mercado de trabalho nos Estados Unidos seguiu mostrando sinais de melhora, mas não a ponto de levar o Federal Reserve (Fed, banco central americano) a antecipar a redução de estímulos.

Entenda mais a seguir sobre como foi a semana.

PIB surpreende

Segundo o IBGE, o PIB do Brasil teve alta de 1,2% no primeiro trimestre, devolvendo a economia ao patamar pré-pandemia. O resultado veio acima do esperado pelo Safra e pela mediana do mercado, mostrando o forte desempenho da atividade no início do ano.

Se a economia brasileira apenas sustentasse o atual nível, o crescimento em 2021 ficaria perto de 5%. Nesse contexto, colocamos um viés de alta em nossa projeção para o PIB.

A principal surpresa para o Safra no primeiro trimestre veio do setor de serviços, mais especificamente do comércio, que conseguiu um firme avanço, apesar do recrudescimento da pandemia.

Emprego nos EUA

A semana trouxe alguns dados positivos sobre o mercado de trabalho americano. O relatório da ADP apontou o maior aquecimento no setor privado em quase um ano, com a contratação de aproximadamente 1 milhão de trabalhadores em maio, bem acima do esperado pelo consenso de mercado.

Além disso, o total de novos pedidos de seguro-desemprego por lá ficou abaixo do nível de 400 mil pela primeira vez desde o início da pandemia.

Por outro lado, o número mais aguardado da semana ficou um pouco abaixo das projeções. O relatório oficial de emprego mostrou criação líquida de 559 mil postos em maio, com o setor de serviços como o principal destaque negativo em relação à nossa projeção.

Já a taxa de desemprego recuou para 5,8%, pouco abaixo dos 5,9% previstos pelo mercado.

Renda variável para junho

Atualizamos nesta semana as carteiras de renda variável sugeridas pelo Safra. Na Top 10 Ações, seguimos com os mesmos nomes em junho, mas efetuamos alguns ajustes. O principal foi o aumento na exposição à Petrobras. Com participação de 15%, a estatal passou a ter o maior peso na carteira, ultrapassando a Vale.

Além disso, os portfólios indicados para investir com foco em dividendos e ESG também sofreram alterações. Entre elas, a inclusão, em ambas carteiras, da CPFL, companhia que atua em diferentes áreas do setor elétrico.

Já na carteira Top 10 BDR, a recomendação é incluir o Airbnb neste mês. A avaliação do Safra é que a empresa deve se beneficiar da reabertura das economias.

Na Carteira Global, o Safra não alterou a composição geográfica recomendada, apenas promovendo ajustes dentro da parcela doméstica.

Fundos do Safra em maio

O momento positivo nos mercados  tem sido capturado por alguns dos fundos mais emblemáticos do Safra. O Safra Arquimedes, por exemplo, gerou um retorno de mais de 4% apenas em maio, acumulando assim 26,5% nos últimos 12 meses. Lembrando que se trata de um fundo de ações do tipo long biased, que tem, portanto, a possibilidade de se beneficiar, não apenas das altas das ações, mas também das baixas.

Os multimercados, por sua vez, também surfaram o bom humor que predominou no mês passado. O retorno em maio do Safra Maxwell, nosso fundo quantitativo, foi equivalente a 155% do CDI. Em 12 meses, sua rentabilidade é de 247% do CDI.

Já o Safra Galileo fechou maio com alta de 137% do CDI. Desde o seu lançamento, em dezembro de 2008, até o fim do mês passado, a estratégia mais tradicional do Safra já acumula alta de 413%, contra 190% do CDI.

Lembrando que o cenário à frente ainda prevê desafios, o que reforça nossa preferência por uma gestão ativa que busque adequar os portfólios aos diferentes ambientes, tanto os mais otimistas, como o que temos visto recentemente, quanto os mais desafiadores.