As vendas varejistas no conceito restrito – que não consideram veículos e materiais de construção – caíram 16,8% em abril, considerando a variação mensal dessazonalizada, resultado mais negativo que as previsões do Banco Safra (-9,1%) e do mercado (-12,0%).

É o pior resultado desde o início da série histórica, em janeiro de 2000, e a segunda queda consecutiva. Foi a primeira pesquisa comercial do IBGE com resultados de um mês inteiro afetado pelas medidas de isolamento social.

Já o comércio ampliado, que é utilizado por nossa equipe de Macroeconomia nos modelos de projeção do PIB, recuou 17,5% em abril, resultado menos negativo que as expectativas.

A análise do desempenho dos componentes da pesquisa trouxe uma sinalização negativa, segundo nossos especialistas. Todos os itens apresentaram queda. A maior foi registrada em ‘Vestuário’ (-60,6%), seguida de ‘Livros, jornais e revistas’ (-43,4%) .

Nosso time de Macroeconomia destaca a contração de 11,8% do setor de ‘Supermercados’, que havia sido o destaque positivo da última divulgação. ‘Artigos farmacêuticos’, item também considerado atividade essencial, caíram 17% em abril.

Para nossos especialistas, os impactos da pandemia sobre o varejo devem ter registrado seu pior momento justamente no mês de abril, mas uma recuperação gradual já deverá aparecer nos dados de maio.

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