Os fundos de investimento são uma modalidade de aplicação financeira versátil que atrai diferentes perfis de investidores, dos iniciantes aos mais experientes.

Os fundos de investimento podem oferecer gestão profissional e diversificação, bem como trazer praticidade na declaração do Imposto de Renda e permitir aplicações mesmo com pouco dinheiro.

Confira abaixo um manual para escolher os melhores fundos de investimento em 2021, de acordo com seu perfil.

O que são fundos de investimento?

Os fundos de investimento são  uma forma de investimento coletivo em que os recursos financeiros de inúmeras pessoas são reunidos em uma única estrutura para serem investidos conjuntamente em ativos de acordo com uma política pré-estabelecida.

A soma dos recursos investidos forma o patrimônio do fundo, que é dividido em cotas. Quando você aplica nele, está adquirindo cotas do fundo na proporção do capital aplicado.

melhores fundos de investimento

A alocação dos ativos pode ser feita por uma equipe profissional de gestores que avalia cada cenário do mercado, riscos, contextos nacionais e internacionais, definindo, assim, as posições do fundo.

Portanto, é tarefa dos gestores definir sobre compras e vendas dos ativos que compõem um fundo de investimento.

Ao aplicador cabe pagar principalmente a taxa de administração, que  remunera os serviços de administração do fundo e de gestão da carteira.

Alguns fundos cobram ainda uma taxa de performance, uma forma de remuneração baseada nos resultados obtidos.

Tipos de fundos de investimento

Há fundos com diferentes estratégias de investimento, com foco em uma ou várias classes de ativos.

Portanto, ao optar por um fundo de investimento, o cotista possui diversas modalidades à sua disposição: fundos de renda fixa, fundos de ações, fundos cambiais e fundos multimercado.

  • Fundos de renda fixa

Fundos de renda fixa realizam investimentos em ativos relacionados à variação de taxa de juros ou índices de preços. 

Para tanto, esses fundos aplicam, basicamente, em títulos de renda fixa como títulos públicos, debêntures, letras financeiras e CDBs (certificados de depósito bancário). 

Os fundos de renda fixa são, de maneira geral, menos voláteis que fundos de ações e multimercados, por exemplo.

São uma opção importante para investidores conservadores que buscam produtos com potencial de retorno superior ao oferecido pela caderneta de poupança.

Além disso, fundos de renda fixa com foco em títulos públicos indexados à Selic também são mais indicados para quem irá precisar do dinheiro em um curto período de tempo.

  • Fundos de ações

São fundos que têm como principal objetivo investir no mercado de renda variável, principalmente em ações. 

Investimentos em fundos de ações possuem uma particularidade sobre a proporção de sua carteira: pelo menos 67% de suas aplicações devem estar em renda variável. O restante de seus investimentos pode estar dividido entre outras modalidades.

Os fundos de ações são mais indicados para investidores com perfil moderado ou arrojado que desejam exposição ao mercado de ações e aceitam que seu patrimônio enfrente determinados riscos. É recomendável que  investimentos em fundos de ações tenham horizontes de prazo mais longo.

  • Fundos cambiais

Um fundo cambial tem como principal característica investimentos com base na flutuação de moedas estrangeiras. 

Além disso, para que seja considerado um fundo cambial, deve ter, pelo menos, 80% do patrimônio investido em ativos relacionados a moedas (investimentos atrelados ao dólar são os mais comuns). 

Fundos cambiais podem sofrer variações importantes no curto prazo, portanto, entenda sua disposição em relação aos riscos. 

  • Fundos multimercado

A carteira de um fundo multimercado  conta com ativos de diferentes classes: renda fixa, moedas, commodites e ações, por exemplo. 

A diversificação de fundos multimercado, em geral, oferece maior risco que a renda fixa, porém, almeja maior rentabilidade.

Multimercados são indicados para investidores que estão dispostos a arriscar um pouco mais seu patrimônio em troca de maior rentabilidade.

Como escolher um fundo de investimento?

Para escolher o melhor fundo de investimento, é preciso considerar seu contexto de vida e objetivos pessoais: em quanto tempo você precisará do capital investido? 

A definição de prazos para seus investimentos é algo fundamental para começar a escolher um fundo. A tendência é que, quanto mais tempo você tiver para manter seus recursos aplicados, melhor seja o potencial de retorno em investimentos mais arrojados.

Outro fator importante é a aplicação mínima exigida pelo fundo. Esse valor pode variar bastante, dependendo do tipo de fundo escolhido.

Após definir seus objetivos de prazo e analisar as aplicações mínimas de acordo com o capital que você possui disponível para esse investimento, confira nos documentos oficiais do fundo a sua rentabilidade, volatilidade, taxas e tributações.

É fundamental que você analise todas as informações disponíveis e certifique-se que os objetivos do fundo estão alinhados com seu perfil de investidor.

Perfil de investidor

A análise do seu perfil de investidor e de seus objetivos é essencial antes de formar uma carteira de investimentos. O perfil de investidor é o que  ajuda a compreender sua tolerância a riscos. Por isso, as classificações utilizadas no Safra são  ultraconservador, conservador, moderado e dinâmico.

Para saber qual é seu perfil de investidor, a instituição financeira escolhida para seus investimentos irá disponibilizar um formulário de preenchimento em seu cadastro. 

A partir disso, as recomendações de investimentos serão feitas de acordo com seu momento de vida e objetivos, considerando, principalmente, o perfil preenchido. 

Se você possui um perfil conservador, sua tolerância a riscos é baixa. Se o seu perfil é moderado, sua tolerância é média. Caso seu perfil esteja enquadrado como dinâmico, você possui alta tolerância a riscos em relação aos seus investimentos. 

Ao buscar por fundos de investimentos, você encontrará diversas possibilidades. Por conta do grande leque de opções, um dos principais pontos para escolher o melhor fundo de investimento é buscar alternativas que estejam enquadradas ao seu perfil. Para isso, consulte todos os documentos disponíveis sobre cada fundo.

Os melhores fundos de investimento em 2020

Para saber quais são os melhores fundos para 2021, é importante analisar o histórico de rentabilidade do produto que você deseja investir.

fundos 2020-1 _1_.pngA rentabilidade de um ano anterior não deve ser o único critério avaliado, porém, é um indicador que auxilia no momento de sua tomada de decisão.

Confira aqui a rentabilidade dos principais tipos de fundos de investimentos em 2020.

No Safra, você encontra diversas opções de produtos dentro de diversas categorias de fundos de investimentos. 

Prefira sempre consultar todas as informações e histórico de cada produto antes de investir. 

Conte com a experiência de um banco que foi eleito pela FGV o Melhor Gestor Alta Renda em 2020 e o Melhor Banco para Investir em fundos multimercado e de ações.

Os melhores fundos de investimento para 2021

Por contar com um time especializado e dedicado integralmente à gestão de recursos, fundos de investimento são investimentos importantes para a preservação e ampliação de patrimônio no médio e longo prazo.

Devido à vasta oferta de diferentes tipos de fundos, os investidores podem encontrar dificuldades na hora de escolher o produto mais adequado para seu perfil. 

Um hábito comum é observar o histórico de rentabilidade na hora de tomar as decisões. Entretanto, olhar apenas para esse indicador pode esconder informações importantes sobre o comportamento de cada produto.

Para te auxiliar a escolher os melhores fundos de investimentos para 2021, elencamos três informações importantes para analisar antes de investir.

1) Conheça a estratégia do fundo

Antes de avaliar qualquer número, é fundamental entender a proposta de gestão de um fundo. Dentro de uma mesma categoria, pode-se encontrar características bastante diferentes e que poderão exercer funções específicas nas carteiras de investimentos.

Para diversificar seu portfólio e evitar surpresas, o investidor deverá levar em conta as informações que os gestores fornecem sobre as estratégias adotadas. Dentro da categoria de renda fixa, por exemplo, é possível aplicar em:

  • Fundos DI, que oscilam pouco, pois investem em títulos públicos de curto prazo, e por isso costumam abrigar a reserva de emergência dos investidores.
     
  • Fundos de crédito privado, que negociam principalmente títulos como debêntures e letras financeiras, buscando uma rentabilidade extra na renda fixa, mas prevendo mais volatilidade.
     
  • Fundos de inflação, cuja função principal é proteger o investidor contra o avanço dos preços, prevendo também volatilidade.

Já entre os fundos multimercado, a diversidade de estratégias é grande e há propostas significativamente diferentes. Entre os principais estão os:

  • Fundos macro, os mais tradicionais da categoria, que podem investir, no Brasil e no exterior, nos mercados de ações, juros, câmbio e commodities. São fundos capazes de capturar retornos em cenários variados.
     
  • Fundos quantitativos, que também operam em diversos mercados. A principal diferença é a ênfase em modelos matemáticos e estruturas tecnológicas que permitem operações com extrema velocidade e utilizando enormes bases de dados.
     
  • Fundos long & short, que investem na Bolsa, mas com volatilidade bem mais reduzida do que os fundos de ações tradicionais. Isso porque o patrimônio desses fundos é dividido entre uma parte ‘comprada’, que lucra com a alta dos ativos, e outra parte de tamanho parecido ‘vendida’, que ganha com a queda dos papéis. São fundos que usualmente buscam bater o CDI e têm baixa correlação com o resto do mercado. Ou seja, são menos afetados pelo sobe e desce da Bolsa.

Há ainda boas opções de gestão ativa no mercado de ações que vêm conseguindo entregar retornos acima do Ibovespa. Mas também há diferenças importantes entre esses fundos.

  • Fundos long only são chamados assim porque operam ‘apenas comprados’ nos papéis que selecionam. Para isso há diversas abordagens, desde fundos com foco em empresas que são boas pagadoras de dividendos, até aqueles que procuram empresas relativamente pequenas, mas com grande potencial de crescimento.
     
  •  Fundos long biased, por sua vez, podem ficar com parte do patrimônio ‘vendida’ nas ações. Assim, a gestão pode buscar suavizar a volatilidade do mercado, se posicionando de acordo com os cenários projetados.
     
  • Fundos de ações internacionais, que buscam oportunidades em empresas estrangeiras. São boas opções para diminuir a exposição dos investimentos à economia brasileira. Mas ao investir neles, é importante saber se há proteção cambial. Se não houver, é como se o investidor estivesse comprando dólares, além das ações das companhias, fazendo com que o desempenho da moeda também afete a rentabilidade.Janelas móveis trazem visões mais completas

2) Janelas móveis trazem visões mais completas

Comparar a rentabilidade dos fundos em certo ano é uma prática comum na hora de escolher onde investir. O problema é que, ao fazer isso, o investidor está avaliando apenas poucas janelas de tempo definidas arbitrariamente.

Um fundo com um bom retorno em determinado ano fechado pode não ter registrado um desempenho tão bom se deslocarmos o período analisado.

Para evitar isso, é melhor utilizar janelas móveis para analisar o histórico de retorno de um fundo. Assim, o investidor pode observar mais informações de rentabilidade e reduzir o ruído de efeitos esporádicos na análise.

3) Drawdown ajuda a entender o risco de mercado

O drawdown dá a dimensão do tamanho dos tombos já registrados por um fundo, assim como o tempo que ele levou para se recuperar dessas quedas. 

No caso do máximo drawdown, trata-se do tamanho do recuo partindo do valor máximo da cota até o valor mínimo durante certo período.

É uma métrica muito útil para que o investidor entenda de maneira mais concreta o risco envolvido em alguns produtos e decida se está disposto ou não a fazer a aplicação.