Em momentos diferentes da crise sanitária, as duas maiores economias do mundo divulgaram nas últimas horas seus resultados de varejo e indústria relativos ao mês de abril. Também foram conhecidos os resultados do PIB na Alemanha e no Reino Unido, as duas maiores economias europeias.

Nos Estados Unidos, a produção industrial desabou 15% em abril, na comparação anual, e 11,2% ante março. Embora seja a maior queda mensal em mais de um século, o número veio em linha com as expectativas. Com as atividades suspensas ou reduzidas nas fábricas, a queda na indústria de transformação foi de 13,7%.

No comércio americano, as vendas totais tiveram desempenho mais fraco do que o esperado em abril, ao recuar 16,4% na comparação mensal, contra expectativa de -12,0%. Já as vendas no grupo de controle (que exclui automóveis e combustíveis) recuaram 15,3% abril, significativamente abaixo da estimativa mediana de queda de 5,0%.

China

Na China, a produção industrial avançou 3,9% na comparação interanual, maior do que o consenso do mercado (1,5%) e do visto no mês anterior (-1,1%). Por outro lado, as vendas no varejo caíram 7,5% na mesma base de comparação, resultado pior que o esperado pelo mercado (-7,0%), mas menor que a queda observada em março (-15,8%).

Os investimentos fixos, por sua vez, recuaram 10,3% em abril, queda também um pouco mais forte que a esperada pelo consenso (-10,0%).

Europa

O PIB da Alemanha encolheu 2,2% no primeiro trimestre, contra o trimestre anterior. A queda é a maior registrada desde o primeiro trimestre de 2009, mas veio dentro das expectativas. Com o resultado, o país entrou tecnicamente em recessão.

Já o Reino Unido registrou uma queda de 2%, maior retração desde o quarto trimestre de 2008. A queda foi menos acentuada do que se projetava.