Apesar da realização de lucros verificada ao redor do mundo na sexta-feira, o Ibovespa conseguiu sustentar um ganho semanal de 0,4%. O índice agora acumula alta de quase 6% em 2021.
Um resultado ainda mais expressivo foi registrado pelo mercado de fundos imobiliários. O índice que reflete o desempenho da classe subiu quase 3% na semana, com a perspectiva de que a isenção para os rendimentos desses ativos será mantida pelo Congresso.
Vale destacar também a valorização de mais de 2% do real na semana, uma das maiores entre as principais moedas do mundo contra o dólar.
No exterior, por outro lado, predominou o temor dos investidores com a queda de ritmo da economia global. Esse sentimento foi acentuado na sexta-feira, em meio à desaceleração da inflação na zona do euro e à revisão para baixo anunciada pelo Banco do Japão para o PIB do país.
A cautela na última sessão ofuscou o bom resultado do varejo nos Estados Unidos em junho. A expectativa era de leve contração na margem, mas o setor subiu 0,6%, ficando 18% acima do nível do mesmo mês de 2020.
E a semana começa com o mercado de olho no acordo alcançado ontem pela Opep e países associados.
Depois de vários dias de negociação para superar o impasse entre Arábia Saudita e Emirados Árabes, os países chegaram a um consenso para avançar com a normalização da produção de petróleo nos próximos meses, após os cortes implementados no ano passado.
A perspectiva de uma oferta mais robusta da commodity fez o preço do Brent, a referência internacional desse mercado, perder quase 3% na semana passada. Agora de manhã, o barril de petróleo segue pressionado e recua mais de 2%
Quanto à agenda dos próximos dias, teremos menos indicadores econômicos. O principal é o IPCA-15. O índice será divulgado na sexta-feira e irá mostrar a tendência da inflação em julho.
No exterior, os destaques devem ser as decisões de juros na China e na Europa. Lembrando que a temporada de balanços segue forte lá fora. Estão previstos para os próximos dias os números trimestrais de empresas como Netflix, Johnson & Johnson, Coca-Cola e Unilever.