A tendência positiva se manteve no mercado brasileiro na última semana. O Ibovespa acumulou leve ganho de 0,3% no período, enquanto o real obteve valorização de mais de 1% contra o dólar.

O apetite a risco foi sustentado pela firme recuperação do mercado americano. Os índices Nasdaq e S&P 500 tiveram a melhor semana deste ano, impulsionados pelos bons resultados trimestrais reportados pelas empresas de tecnologia, à exceção do Facebook.

Na frente de indicadores, o último pregão foi marcado pelo relatório oficial de emprego dos Estados Unidos.

A criação de empregos em janeiro veio bastante acima das estimativas. Mesmo com a onda de ômicron no país, foi registrada abertura líquida de 467 mil postos, enquanto os salários tiveram o maior aumento desde 2020. A taxa de desemprego, por outro lado, avançou levemente para 4%.

Outro destaque do relatório foi a significativa revisão para cima da geração de empregos nos meses anteriores.

Os negócios dos próximos dias serão movimentados por novos dados sobre a economia brasileira. Os destaques na agenda são os levantamentos mensais do IBGE sobre o comércio e os serviços, bem como a leitura do IPCA em janeiro.

Além disso, a Ata do Copom poderá trazer amanhã mais clareza sobre a moderação no ciclo de aperto monetário indicada pelo Banco Central na semana passada.

A temporada de balanços também ganha importância, com a divulgação de números de grandes companhias do setor financeiro e de celulose.

Em Brasília, seguimos monitorando propostas que circulam tanto na Câmara, quanto no Senado com o objetivo de conter os preços dos combustíveis, mas que podem prejudicar o equilíbrio das contas públicas.

No exterior, os investidores aguardam pela divulgação do índice CPI na quinta-feira, trazendo a inflação observada nos Estados Unidos no mês de janeiro.

O mercado também continua a acompanhar as tensões na fronteira da Ucrânia, onde se concentram milhares de soldados russos. Hoje, o presidente da França, Emmanuel Macron, discute em Moscou a situação com o presidente da Rússia, Vladimir Putin.