O Ibovespa recuou ao menor nível em dois meses e meio, por conta de uma combinação negativa de realizações no exterior e preocupações com a situação fiscal no Brasil.
O resultado na sexta-feira fez o principal índice de ações do país amargar uma queda semanal de 2,6%, aos 121,8 mil pontos. No mês de julho, houve baixa acumulada de 3,9%.
No mercado cambial, o dólar fechou a semana praticamente sem variação, ainda cotado a R$ 5,21. No mês, a moeda americana teve valorização de 2,6%.
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Lá fora, as receitas trimestrais da Amazon ficaram abaixo do esperado pela primeira vez em três anos, provocando uma queda de 7,5% nas ações da gigante na sexta-feira.
Como alguns dos principais índices do mundo vinham operando em níveis recordes, o evento, somado às tensões regulatórias envolvendo empresas chinesas, foi suficiente para desencadear um movimento de realizações nos mercados.
Nos Estados Unidos, o S&P 500 fechou com queda de 0,4% na semana, mas ganhou 2,3% no mês. Já o europeu Stoxx 600 ficou estável na semana, subindo 2,0% no mês.
Vale dizer que o mês de julho foi marcado por fortes recuos na Ásia. O japonês Nikkei 225 caiu 5,2% e o chinês CSI 300 perdeu 7,9% no período. Entre os motivos está a cautela com o avanço da variante delta do coronavírus em algumas regiões do continente.
Outro destaque do mês que passou foi a significativa queda nos rendimentos dos títulos de dez anos do Tesouro dos Estados Unidos, diante da maior busca dos investidores por proteção e da perspectiva de crescimento mais moderado.