Aplicar em títulos públicos é considerado o investimento de menor risco no país. Tata-se basicamente de emprestar dinheiro ao governo, financiando projetos em áreas como infraestrutura, saneamento básico, educação, saúde e segurança.

Existem dois caminhos para investir em um título público. O primeiro é através do Tesouro Direto, que é um programa do Tesouro Nacional desenvolvido com a B3, bolsa de valores, que realiza venda de títulos públicos federais para pessoas físicas. O segundo, é realizar diretamente com o banco, através da chamada Mesa de Operações. 

Abaixo, você vai entender como investir em títulos públicos e quais são os passos necessários para essa aplicação.

Como funciona a emissão de títulos públicos?


O órgão responsável por emitir um título de dívida pública é a Secretaria do Tesouro Nacional, ligada ao Ministério da Economia. 

No mercado secundário essa negociação se dá por meio da mesa de operações. Nesse caso, os títulos são negociados diretamente entre as partes.

Tesouro Direto e o mercado secundário


Como já dito anteriormente, o título público é emitido pelo Governo Federal para que ele faça a captação do investimento para aplicação nas atividades ligadas aos serviços públicos. Já o Tesouro Direto é um programa que permite a compra desses títulos em valores a partir de R$ 30,00. 

Confira abaixo algumas diferenças entre o Tesouro Direto e o Título da dívida pública:

Tesouro Direto

  • Taxa de 0,3% da CBLC;
  • Apenas pessoa física pode investir;
  • Valor máximo para aplicação por mês é de R$ 1 milhão por mês;
  • Valor mínimo para aplicação é de 1% do valor de um título, respeitando o piso de R$ 30;
  • Quando se fala em liquidez, o resgate se dá em um dia útil;
  • Custódia feita pela B3;
  • Possibilidade de agendar débito automático mensal.

Mercado Secundário

  • Aplicação pode ser feita por pessoa física e jurídica;
  • Não há valor máximo para aplicação;
  • Valor integral de um título, que em alguns casos é acima de R$ 10 mil;
  • Quando se fala em liquidez, o resgate se dá no mesmo dia.

Vantagens do mercado secundário


Com o investimento em títulos de dívida pública, através do mercado secundário, existem alguns benefícios e vantagens em taxas, rentabilidade e prazos que o investidor terá ao longo do contrato. São eles:

Isenção de taxas
Nessa modalidade não existe a taxa de custódia, diferentemente do Tesouro Direto. Ao ano, a é de 0,3% da CBLC (Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia), que é o órgão responsável por liquidar e garantir as transações realizadas na Bolsa. 

Além disso, há uma variedade maior de fluxos e vencimentos nas mesas de operações.

Valor máximo e mínimo para aplicação
Não existe um limite máximo para aplicação na Mesa de Operações, porém, na hora de realizar o investimento, o valor mínimo deve ser o preço integral de um título.

Preço de um título público
O preço dos títulos públicos é pré-determinado pela Secretaria do Tesouro Nacional, que tem como objetivo cuidar das contas públicas do país. Esse preço tem uma variação de acordo com cada título, suas taxas e seus prazos.

Custo dos títulos públicos
Todo investimento tem a aplicação de alguns custos, como taxas e impostos. Confira os detalhes dos custos cobrados em título da dívida pública:

  • Taxa de administração: valor cobrado pela corretora para abertura de cadastro, intermédio de títulos e transferência de valores. Essa cobrança não é obrigatória e tem variação nas corretoras, 
  • Taxa de custódia: neste caso, os títulos são guardados no Selic, que é o Sistema Especial de Liquidação e Custódia, administrado pelo Banco Central.  

Tributação dos títulos
Como já dito anteriormente, o Imposto de Renda (IR) incide sobre o rendimento do título da dívida pública, e seu pagamento ocorre sobre os valores do rendimento. Por isso, quanto mais tempo você mantiver o seu investimento, menor é a tributação. Abaixo, confira a tabela de tributação regressiva: 

  • Até 180 dias: 22,5%;
  • De 181 até 360 dias: 20%;
  • De 361 até 720 dias: 17,5%,
  • Acima de 720 dias: 15%.

Principais vantagens de investir em um título público

O título da dívida pública é uma ótima para a parte do portfólio que demanda segurança e previsibilidade.

  • Segurança: com esse investimento, os riscos de perder o valor investido é baixo;
  • Liquidez diária: nesse caso, o investimento pode ser vendido ou resgatado pelo Tesouro Nacional em qualquer dia, sem precisar esperar um prazo ou um tempo determinado;

Saiba os principais tipos de títulos


São três os principais tipos de títulos públicos negociados no país. No caso dos prefixados e atrelados à inflação, o investidor deve escolher entre dois fluxos possíveis.

Pode-se optar por ganhar rendimentos a cada semestre, além de receber o montante incial no vencimento. Nesse caso, é preciso lembrar que o IR incide sobre esses pagamentos, com uma alíquota que regride com o passar dos anos, até chegar a 15% após dois anos.

Outra opção é receber todo o pagamento apenas no vencimento. Entenda como funciona cada papel.

  • Tesouro Selic (antiga LFT)

É considerado o papel mais seguro. Isso porque, além de contar com o menor risco de crédito do país, ele não está exposto a riscos de mercado, como os dois tipos seguintes. Essa segurança se deve ao caráter pós-fixado do investimento. Ou seja, ele acompanha o rendimento da taxa Selic até o vencimento do papel.

  • Tesouro Prefixado (antiga LTN)

Esse título paga um taxa fixa, determinada no momento da aplicação, que vai remunerar o investidor semestralmente ou apenas no vencimento. É um papel mais arriscado do que o Tesouro Selic, porque o valor do título oscila ao longo do período de investimento.

Caso siga com o título prefixado até o vencimento, o investidor não terá prejuízos (apenas pode perder em termos reais ou de custo de oportunidade). No entanto, se resgatar antes do vencimento, é possível que a aplicação tenha até rendimento negativo.

Isso acontece porque o valor desse papéis são calculados diariamente, com base na taxa de juros negociada pelo mercado. Quando essa taxa de mercado cai em relação à taxa que o investidor contratou, o papel dele se valoriza e pode ser vendido antecipadamente com lucro, se ele desejar.

Já se o movimento contrário acontecer no mercado de juros, o título se desvaloriza. Por isso, esse papel é mais indicado em momentos em que se acredita que as taxas de juros devem cair.

  • Tesouro IPCA+ (antiga NTN-B)

O Tesouro IPCA+ tem volatilidade semelhante a dos títulos prefixados. Essa oscilação em caso de resgate antecipado é até mais intensa, pois os prazos de vencimento são maiores (chegam a durar trinta anos no Tesouro Direto).

Mas a principal particularidade desses papéis é que eles pagam juros reais. Ou seja, o Tesouro remunera uma taxa fixa acima da inflação acumulada no período de investimento.

Desse modo, esse produto é indicado para investimentos de longo prazo, quando períodos de inflação fora de controle podem comprometer o capital investido.

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