Decisões de política monetária serão acompanhadas de perto nesta semana. Na quarta-feira, o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) divulga sua decisão e, na quinta-feira, é a vez do Banco Central Europeu (BCE). Como as taxas de juros dos dois bancos centrais já estão praticamente zeradas, a previsão do mercado é de estabilidade.

Ainda assim, as sinalizações dos dirigentes são fundamentais para traçar o panorama dos próximos meses. As decisões de juros ocorrem na semana anterior à reunião do Banco Central do Brasil, que deve reduzir a taxa Selic em 0,5 ponto porcentual na reunião de maio, segundo a expectativa do nosso time de Macroeconomia.

PIB e inflação nos EUA

A semana traz ainda indicadores importantes da economia americana. Na quarta-feira, será divulgado o PIB do primeiro trimestre deste ano, que deve ajudar a mapear o impacto do coronavírus na maior economia do mundo. A expectativa do mercado é de retração de 4,0% na comparação trimestral.

Já na quinta-feira serão conhecidos os resultados do índice de preços do consumo das famílias (PCE, na sigla em inglês), acompanhados do núcleo do indicador, que exclui itens voláteis. Este indicador é considerado a medida de inflação preferida do Fed.

Confiança e mercado de trabalho

O mercado também aguarda a indicação sobre a confiança da indústria brasileira em abril, que virá na quarta-feira. No dia seguinte, o foco no Brasil será a Pnad Contínua, que vai apresentar a taxa de desemprego. Nossa expectativa, em linha com a do mercado, prevê uma alta de 11,6% a 12,6% em março.

Ainda no Brasil, são esperados o relatório mensal da dívida pública, na terça-feira, e o resultado primário do governo central, na quarta. Na quinta-feira, o foco interno será na publicação da dívida líquida do setor público e do resultado primário do setor público.