A cautela com os desafios de 2022 marcou a primeira semana de negócios do ano. Apesar da valorização dos papéis da Vale, o Ibovespa encerrou com queda de 2% na semana, aos 102,7 mil pontos, enquanto o S&P 500 cedeu 1,9% nos Estados Unidos. O dólar acumulou alta de 1% no período, cotado a R$ 5,63.
Os ativos de risco foram prejudicados pelo forte aumento nos rendimentos dos títulos públicos americanos, um movimento acentuado pela ata de política monetária do Fed.
O documento trouxe uma postura mais rigorosa do que o esperado. A instituição apontou que está preparada para acelerar a retirada de estímulos monetários no país.
Além de caminhar para encerrar o seu programa de compras, o banco central americano considera reduzir o seu estoque de ativos a partir do início do ciclo de alta de juros.
Essa possibilidade foi reforçada pelo comportamento da taxa de desemprego por lá, que veio melhor do que o esperado, com recuo de 4,2% para 3,9% no mês passado, segundo relatório oficial conhecido nesta sexta-feira. No entanto, a criação líquida de 199 mil empregos decepcionou.
Uma outra fonte de preocupação é a inflação na Zona do Euro. A prévia de dezembro mostrou alta anual de 5%, nível inédito desde a criação da moeda europeia, em 1999.
O avanço dos preços intensifica a pressão sobre a autoridade monetária da região, que, ao contrário do Banco da Inglaterra, tem mantido uma postura paciente.
Aqui no Brasil, os dados de atividade seguem indicando uma economia menos aquecida.
A produção industrial encolheu 0,2% na passagem de outubro para novembro do ano passado, de acordo com o IBGE. O resultado veio um pouco abaixo do esperado e marcou o sexto mês seguido de variação negativa.
Já a balança comercial encerrou o ano de 2021 com superávit de US$ 61 bilhões, um aumento de mais de 20% sobre o ano anterior.