Investir em títulos públicos do Tesouro Direto é uma das modalidades mais seguras e acessíveis do mercado de renda fixa. Ao aplicar nesses papéis, o investidor se torna credor do governo, que, por sua vez, consegue financiar suas atividades.

Como alguns investidores podem ter dúvidas sobre como investir no Tesouro Direto, como escolher os melhores títulos, quais são os prazos, taxas e riscos envolvidos, preparamos um guia completo sobre o Tesouro Direto.

O que é Tesouro Direto?

O Tesouro Direto é o programa do Tesouro Nacional para venda de títulos públicos, com o principal objetivo de captar recursos para financiar projetos e atividades do governo.

Por meio de investimentos em títulos do Tesouro Direto, o investidor 'empresta' dinheiro para o governo e, em troca, recebe à frente o valor acrescido de juros.

Tanto a data de devolução do valor corrigido, como o cálculo da rentabilidade são conhecidos no momento inicial da aplicação.

Como funciona o investimento no Tesouro Direto?

Por ser um investimento em renda fixa, o Tesouro Direto permite que todas as condições de sua aplicação sejam conhecidas desde o início. Assim, você conta com maior previsibilidade em relação aos seus investimentos.

O Tesouro Direto oferece títulos com aplicação inicial a partir de cerca de R$ 30. Além de opções de títulos com vencimento para curto, médio ou longo prazo.

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Além disso, os títulos possuem liquidez diária. Ou seja, você pode solicitar o resgate de seus investimentos a qualquer momento.

Porém, lembre-se que, se o resgate for feito antes do vencimento, a rentabilidade acordada no início da operação pode mudar, a depender das condições de mercado.

Para começar a investir em Tesouro Direto, é necessário ter uma conta em um banco ou corretora.

Qual é a rentabilidade no Tesouro Direto?

Os títulos do Tesouro Direto podem ter rentabilidade prefixada, atrelada à inflação ou à taxa básica de juros.

Os títulos atrelados à inflação, acompanham a variação do IPCA, enquanto títulos atrelados à taxa básica de juros rendem de acordo com a taxa Selic. Já os títulos prefixados definem o valor final do resgate já no momento da aplicação.

Investimentos de renda fixa são considerados mais seguros por conta do baixo risco que oferecem. Todavia, a rentabilidade também é menor que em investimentos em renda variável.

Quais são os tipos de títulos no Tesouro Direto?

Antes de conhecer os tipos de títulos do Tesouro Direto, vamos apresentar os tipos de remuneração:

  1. Prefixada: o valor que será pago na data de vencimento é estipulado no momento da compra do título;
  2. Pós-fixada: o valor que será pago acompanha a taxa Selic, a taxa básica de juros da economia brasileira; e
  3. Mista: o valor que será pago acompanha uma taxa prefixada mais o IPCA.

Desse modo, os tipos de títulos do Tesouro Direto são:

  • Tesouro Prefixado (LTN): O investidor conhece o retorno exato ao final da aplicação. Mas vale observar que se trata do retorno nominal, já que é preciso considerar a inflação do período do investimento para avaliar o retorno real.
     
  • Tesouro Prefixado com Juros Semestrais (NTN-F): A diferença para o Tesouro Prefixado descrito acima é que são pagos juros semestrais ao investidor neste caso.
     
  • Tesouro Selic (LFT): O Tesouro Selic é um título pós-fixado que acompanha a variação da taxa Selic diariamente. É um título muito utilizado como reserva de emergência.
     
  • Tesouro IPCA+ (NTN-B Principal): O Tesouro IPCA+ é um título misto, combinando rentabilidade prefixada com o IPCA, que é o índice oficial da inflação no país. Assim, a aplicação fica protegida contra a inflação e traz remuneração real com a taxa prefixada.
     
  • Tesouro IPCA + com Juros Semestrais (NTN-B): O título também conta com uma parte prefixada e outra parte atrelada à variação do IPCA, mas com os juros da aplicação sendo pagos duas vezes ao ano para cada investidor.

Dicas para escolher o melhor título no Tesouro Direto

Assim como todos os investimentos, no momento de escolher o melhor título do Tesouro Direto, é importante avaliar as características de cada título e, então, definir qual atende seus objetivos e necessidades.

O Tesouro Selic é o tipo de título do Tesouro Direto mais adequado como reserva de liquidez, oferecendo mais estabilidade em relação ao retorno em caso de resgate antecipado.

Já o Tesouro IPCA+ repõe a inflação no período do investimento, portanto é mais indicado para quem possui objetivos no longo prazo. 

Por fim, o Tesouro Prefixado oferece maior conforto para quem deseja atingir um determinado nível de retorno nominal, além de, em certos momentos, trazer potencialmente maior retorno do que o Tesouro Selic.

Qual é a relação do Tesouro Direto com a Selic?

Como você já viu, existe uma modalidade do Tesouro Direto que é diretamente atrelada à taxa básica de juros, o Tesouro Selic. Portanto, trata-se de um título pós-fixado que acompanha a variação da taxa Selic diariamente.

A Selic é definida pelo Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) e determina os juros nas operações de empréstimos de um dia entre as instituições financeiras que utilizam títulos públicos federais como garantia.

Como investir no Tesouro Direto

Para investir em Tesouro Direto basta ter uma conta em um banco ou corretora. 

No Safra, você conta com todas as modalidades disponíveis no Tesouro Direto, além de conseguir investir diretamente pelo App.

Basta acessar o App Safra, ir até 'Investimentos' e localizar a opção 'Tesouro Direto'. Depois, é só escolher o título, o valor a ser investido e a data da aplicação.

Certifique-se de que seu perfil de investidor está atualizado e de que os títulos escolhidos estão de acordo com seus objetivos e necessidades.

Vantagens de investir no Tesouro Direto

As principais vantagens de investir no Tesouro Direto são segurança, acessibilidade, maior previsibilidade em relação aos seus investimentos e liquidez diária.

Ainda que investimentos em Tesouro possam variar de acordo com a modalidade escolhida (Prefixado, Pós-fixado ou Híbridos), títulos de renda fixa oferecem maior previsibilidade do que ativos de renda variável, trazendo, assim, maior segurança para quem investe.

Outra vantagem é a acessibilidade. Qualquer pessoa com conta aberta em um banco ou corretora pode começar a investir com apenas cerca de R$ 30.

Desvantagens de investir no Tesouro Direto

Como todos os tipos de investimentos, o Tesouro Direto também conta com desvantagens. A principal é que o potencial de retorno é mais limitado do que pode ser encontrado em ativos de renda variável ou até mesmo de crédito privado, como debêntures e letras financeiras.

Por isso, uma carteira de investimentos bem equilibrada costuma trazer outras classes de ativos, além de títulos públicos.

Prazos do investimento no Tesouro Direto

Desde o momento da compra de um título do Tesouro Direto, o investidor já conhece informações como indicador, taxa de rentabilidade e data de vencimento.

O vencimento dos títulos pode variar entre curto, médio e longo prazo. Caso você mantenha seus investimentos até a data de vencimento estipulada, seus rendimentos seguirão exatamente a taxa previamente acordada.

Caso opte por vender ou resgatar os títulos antes da data de vencimento, os valores estão sujeitos ao preço do mercado.

Taxas e custos do Tesouro Direto

Os títulos do Tesouro Direto acompanham a tabela regressiva do Imposto de Renda e os descontos sobre os rendimentos são retidos na fonte. A incidência do IR é menor conforme o tempo de investimento aumenta.

Até 180 dias, a alíquota é de 22,5%. De 181 até 360 dias, é de 20%. De 361 até 720 dias, é de 17,5%. Acima de 721 dias, de 15%.

Além disso, os títulos também podem sofrer incidência de taxas de corretagem por parte das instituições financeiras.

Riscos do investimento em títulos do Tesouro Direto

De forma geral, investimentos em Tesouro Direto oferecem muita segurança. Porém, o maior risco para os investidores está no resgate antecipado dos valores aplicados. 

Isso porque entre a data da compra e a do vencimento, o preço do título vai variar seguindo as condições de mercado e as expectativas para a taxa de juros. A variação de preços ao longo desse período é chamada de marcação a mercado.

Para evitar perdas, antes de investir, conheça seus objetivos e entenda quando irá precisar do valor aplicado. 

No Safra, você conta com o apoio de especialistas para encontrar o investimento mais adequado ao seu perfil.