Nossa carteira de fundos imobiliários passa por mudanças na exposição ao setor de shoppings para março, em um momento no qual o avanço da pandemia  impôs a necessidade do retorno de medidas de distanciamento social.

Desse modo, reduzimos a exposição às cotas do HSI Malls (HSML11), de 10% para 5%, e retiramos o fundo Vinci Shoppings (VISC11), apesar de seguirmos confiantes com seus fundamentos de longo prazo.

Adicionalmente, removemos da carteira as cotas do fundo RBR Alpha Multiestratégia (RBRF11), que também  segue com visão construtiva em relação aos seus fundamentos de médio e longo prazo.

Em contrapartida, a carteira conta com dois novos nomes: RBR Log (RBRL11) e TRX Real Estate (TRXF11). Também aumentamos a participação das cotas do fundo Kinea Índice de Preços (KNIP15), agora com 15% da carteira.

Após as alterações na carteira de fundos imobiliários, o setor de logística apresenta a maior participação, com 30%, seguido pelos fundos de ativos financeiros (25%), escritórios (20%), híbridos (20%) e shoppings (5%).

Confira a carteira completa de fundos imobiliários.

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Desde 5 de fevereiro, a carteira apresentou recuo de 2,34%, contra desvalorização de 1,45% do Ifix, o índice de referência para os fundos imobiliários, no mesmo período.

Além de acompanhar o preço das cotas dos fundos, a distribuição de rendimentos mensais também compõe parcela importante do resultado. Para a carteira de março, projetamos dividend yield de 7,1% no período de um ano.

Conheça, também, um pouco mais sobre cada fundo imobiliário da carteira.

JS Real Estate (JSRE11)

Conta com o patrimônio dividido em: 80% imóveis e participações, 15% títulos públicos, 5% cotas de FIIs.

Os imóveis do fundo estão em boas localizações e seu portfólio tem uma ABL total de 99,2 mil m² por meio de participação em 4 edifícios corporativos (Ed. Paulista, Ed. NU, Ed. Praia Botafogo, 440 e Ed. Tower Bridge Corporate).

Vinci Offices (VINO11)

O Vinci Offices é um fundo de escritórios com foco em Boutique Offices em que possui partifipação em 9 ativos, totalizando 47 mil m² de ABL.

Ele conta com 57% dos seus imóveis localizados na cidade de São Paulo e 43% no Rio de Janeiro, localizados nos principais endereços dessas cidades.

O Vinci Offices possui controle total de 97% de seus imóveis, o que garante maior comando para o fundo na administração de seus edifícios

CSHG Renda Urbana (HGRU11)

O HGRU é um fundo híbrido com R$ 2,17 bilhões de patrimônio líquido alocado 73% em imóveis, 5% em FIIs, 11% SPVJ11, 7% CRI, 4% na Renda Fixa.

O seu patrimônio está exposto a setores como varejista (25%), educacional (28,8%), e supermercadista (46,2%) sendo que seus imóveis são localizados em SP (70,3%), RJ (8,4%), Paraná (10,6%), Bahia (5,7%), Minas Gerais (4,5%) e Santa Catarina (0,5%), o que confere diversificação geográfica ao portfólio.

TRX Real Estate (TRXF11)

O TRX Real Estate é um fundo que possui 366.992,24 m² distribuídos em 43 imóveis espalhados pelo país. Ele tem como inquilinos as principais lojas varejistas do país como Assaí, Pão de Açúcar e Extra. 

Além da exposição a inquilinos resilientes, o fundo também conta com uma diversificação geográfica em sua receita, sendo suas maiores exposições 42,8% de SP, 15,57% de GO, 8,10% do CE, 7,20% do RJ, 5,92% da BA, 5,64% de PE.

Bresco Logística (BRCO11)

O Bresco Logística possui 11 propriedades com 413 mil m² de ABL.

Seus imóveis ostentam localizações premium, sendo que 67% se encontram em até 30 km do centro de São Paulo, o que os traz uma grande vantagem competitiva para os locatários do setor logística, por conta da sua proximidade a esse grande centro urbano.

Os contratos de locação possuem prazo médio remanescente de 4,0 anos e 71% são atípicos, o que traz maior resiliência para o fundo.

VBI Logístico (LVBI11)

Apresenta uma ABL de 266,5 mil m² distribuídos em 6 ativos com localizações privilegiadas.

Conta com a maior parte dos locatários presentes entre setores que resistiram bem a crise, sendo 48% no segmento de logística e 18% no varejo.

Possui cerca de 40% de seus contratos atípicos, o que colabora para a permanência dos inquilinos nos imóveis.

RBR Log (RBRL11)

O RBR Log é um fundo de logística proprietário de 6 imóveis, que totalizam 211.901 m².

Seus ativos estão localizados 49% no estado de São Paulo, 31% em Minas Gerais e 20% no Rio de Janeiro.

Possui também diferentes estratégias para alocar seu capital, sendo 70% no Core (Investimento “Tijolo” diretamente ou FII exclusivo), 30% (Via FIIs listados), 20% Liquidez (Renda Fixa, LCIs, CRIs, e FIIs) e 30% em Desenvolvimento (Direto ou via FIIs, quando identifica boas oportunidades).

 HSI Malls (HSML11)

Conta com participação em 5 shoppings, totalizando uma ABL própria de 150.818 m².

Cerca de 27% dos metros quadrados de sua carteira estão localizados na região Sudeste, 44% no Nordeste e 29% Norte.

Seus ativos vêm se recuperando continuamente da crise e a sua taxa de ocupação não mostrou variações significativas mesmo com os imóveis fechados, o que confirma a resiliência do fundo.

Kinea Índice de Preços (KNIP11)

Apresenta um portfólio de 83,8% em CRIs, 14,8% em Caixa e 1,4% FII.

Por setor, vemos que seus ativos estão mais concentrados em Lajes Corporativas, com 35,8%, Shopping Centers, com 20,2%, e Galpões Logísticos, com 14,2%.

Já no quesito indexador, vemos que o fundo está se beneficiando da alta da inflação por ter 83,8% de seus ativos alocados ao IPCA e 1,4% em IGP-M.

CSHG Recebíveis Imobiliários (HGCR11)

Possui em sua carteira cerca de 72,20% em CRI Corporativo, 6,30% em Renda Fixa, 16,2% em FIIs, 4,8% em CRI Residencial e 0,5% em LCI.

Sobre a classificação por rating dos CRIs, vemos que o fundo apresenta boas classificações de riscos e suas garantias estão espalhadas por diversos setores, como 27% em Logística, 25% Residencial, 30% Varejo, entre outros segmentos.