A Carteira de Dividendos sugerida pelo Safra subiu 7,62% em março, acima da alta de 7,57% do Idiv, índice da B3. Para o mês de abril, estamos retirando Taesa (TAEE11) e TIM Brasil (TIMS3), mas incluindo Cemig (CMIG4) e BB Seguridade (BBSE3).

Estamos retirando as ações da TIM Brasil de nossa carteira visto que não vemos nenhum catalisador para o curto prazo. Porém, seguimos com uma visão positiva de médio e longo prazo, visto que a consolidação do setor deverá trazer mais estabilidade de preços, o que beneficia a TIM (player do setor com maior exposição ao segmento móvel).

Além disso, a companhia tem se dedicado a inúmeros novos projetos, como a cisão no negócio de fibra e com o C6 Bank, que devem trazer valor à companhia no médio e longo prazo.

Já a Taesa sai, pois, apesar de seguirmos bastante confiantes com as suas perspectivas de médio e longo prazo, vemos boa parte delas já precificadas nos níveis atuais de negociação.

A Cemig, por outro lado, entra, pois acreditamos que o atual patamar de preço representa um bom ponto de compra e somos bastante otimistas com a agenda positiva de sua atual gestão, que vem tomando iniciativas de corte de
custos e venda de ativos.

A companhia reforçou essa agenda positiva ao reafirmar em seu call de resultados a intenção de venda de sua participação na Taesa (hoje de 21,7%), o que poderia contribuir para a redução de sua alavancagem financeira, hoje próxima de 2 vezes o Ebitda.

Por fim, vemos uma boa relação entre risco e retorno com BB Seguridade. Após um ano fraco para a companhia, negativamente impactado pelos resultados financeiros da Brasilprev, 2021 deve ser um ano de recuperação.

Do lado operacional, devemos ver a companhia mantendo a boa performance, mas os resultados financeiros não devem mais atrapalhar o resultado final (essa linha de seu resultado deve se beneficiar do aumento na taxa básica de juros). A empresa tem perfil defensivo, baixa volatilidade de resultados e uma forte distribuição de dividendos.

Veja abaixo a sugestão completa para abril.

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Setorialmente, temos exposição de 40% a serviços financeiros, 30% a utilidades básicas, 20% a mineração e 10% a saúde. Veja aqui a tese de investimento para cada papel do portfólio.

Atualmente, a carteira tem um dividend yield médio estimado em 5,9%, o que se compara com a taxa real de 4% de títulos públicos indexados à inflação.

A Carteira de Dividendos tem como objetivo obter uma performance superior ao Índice Dividendos (Idiv), através da escolha de ações de empresas sólidas, com capacidade de pagamento de dividendos e que possuam boas perspectivas para os seus resultados.

A carteira possui um perfil mais defensivo e busca menor volatilidade associada a um fluxo de pagamento de dividendos, tendo, assim, um perfil mais conservador de investimento em Bolsa.