No último domingo, 15, o banco central norte-americano, o Fed, anunciou uma série de medidas em reunião extraordinária de política monetária.

Entre elas, a autoridade monetária reduziu sua taxa básica de juros em 100 pontos base, para o intervalo de 0,00% a 0,25%. Esta possibilidade já estava prevista em nosso relatório Safra Semanal, publicado na sexta-feira, quando a curva futura de juros demonstrava a expectativa do mercado por juros próximos a zero. O que surpreendeu a todos foi o timing da decisão, antecipando-se mais uma vez ao calendário oficial de reuniões.

Também havia a expectativa de que o banco central norte-americano ampliasse seu programa de compra de ativos. E, de fato, foi o que ocorreu no domingo: foi lançado o novo programa de compra de ativos (conhecido no mercado por “quantitative easing”), de pelo menos US$ 700 bilhões, sendo US$ 500 bilhões em títulos do Tesouro americano e US$ 200 bilhões em papéis lastreados em hipotecas (também conhecidos como “MBS”).

De acordo com o relatório Diário Econômico publicado nesta segunda-feira, nosso time de economistas avalia que “estas medidas visam garantir a liquidez e a funcionalidade dos mercados de títulos”.

O banco central norte-americano também lançou outras iniciativas buscando garantir a liquidez no mercado bancário doméstico e interbancário em dólar.

Expectativa por reunião do BC no Brasil

Agora, permanece a expectativa pela reunião do Banco Central no Brasil, agendada para quarta-feira, dia 18.

No Diário Econômico desta segunda-feira, o time de Macroeconomia reforça que entende “como apropriado o corte da taxa Selic em, pelo menos, 50 pontos base, para 3,75%”. “Nossa avaliação é de que efeitos do atual surto de Coronavírus são desinflacionários e tendem a desacelerar significativamente o ritmo de crescimento econômico”, complementa a equipe de economistas do banco.