A aversão ao risco se intensificou na quinta-feira, 13. Com isso, os mercados de ativos realizaram novas perdas significativas. Nesse ambiente, vários Bancos Centrais anunciaram medidas e programas de ampliação de liquidez. Foi o caso dos EUA, México, Índia, Colômbia, Canadá, Japão, Austrália, Noruega e países da Zona do Euro.

Nosso time de Macroeconomia destaca as medidas adotadas pelo Banco Central Europeu (BCE), cujo comitê de política monetária se reuniu ontem. O BCE manteve as taxas de juros inalteradas: a taxa de juros nas principais operações de refinanciamento permaneceu zerada. A taxa de empréstimo marginal ficou em 0,25% e a taxa de depósitos seguiu em -0,50%.

Tais manutenções contrariaram parte do mercado que esperava um corte de cerca de 0,1 ponto porcentual na taxa de depósitos. Contudo, o BCE anunciou um amplo pacote de medidas que apoiarão a liquidez e as condições de financiamento para as famílias, as empresas e as instituições de crédito.

Nesse sentido, o BCE ofertará recursos aos bancos com prazos longos e custos negativos para serem emprestados às empresas. Adicionalmente, a autoridade monetária comprará 120 bilhões de euros até o fim do ano, preferencialmente em títulos privados. Este volume de compras se somará ao volume mensal atual de 20 bilhões de euros.

Essas medidas, em conjunto com as anunciadas pelos demais bancos centrais, ajudam aliviar o humor do mercado nesta sexta-feira.