O IBGE divulgou na manhã desta sexta-feira, 30, a Pnad Contínua, que mostrou um avanço de 11,6% em fevereiro para 12,2% em março na taxa de desemprego trimestral. A alta foi menor do que o mercado e nossa equipe de Macroeconomia esperavam.

Nosso time explica que a piora menos acentuada da taxa de desemprego se deve a uma queda bem mais forte da taxa de participação, considerando que a quarentena limita a procura por empregos (esse movimento já era esperado, mas superou expectativas).

Os economistas do Safra destacam que, com ajustes sazonais, a taxa ficou praticamente estável, passando de 11,46% para 11,48%. Contudo, se mantivéssemos estável a população economicamente ativa (que levaria a uma queda bem menor na taxa de participação), a taxa de desemprego seria 0,9 ponto percentual mais elevada.

Em relação a fevereiro, a população ocupada contraiu 1,0%. Analisando esse movimento por tipo de ocupação, observamos uma forte queda nos empregos sem carteira assinada, mas também vemos retração no emprego com carteira. Por outro lado, o emprego no setor público apresentou forte elevação.

Os rendimentos nominais seguiram em trajetória de gradual recuperação, mas a massa de salários em termos reais sentiu o efeito negativo da queda na ocupação entre fevereiro e março e apresentou queda.