O mercado de renda variável é imprevisível. Dentro dele, é possível ter ganhos muito maiores que no mercado de renda fixa. No entanto, a proporção é a mesma também em caso de prejuízos.

Para minimizar os riscos, as operações estruturadas permitem criar cálculos que estimam a perda e ganho máximo de cada ativo, o que traz mais segurança ao investir em renda variável.

Pensando nisso, criamos este texto trazendo as operações estruturadas mais comuns do mercado, além de explicar como elas funcionam. Assim, você pode aplicar o seu patrimônio usando essas operações com a expertise do Safra de mais de 180 anos de investimentos.

O que é uma operação estruturada?


Uma operação estruturada envolve a combinação de dois ou mais ativos em uma mesma negociação no mercado. A categoria une investimentos variados, como ações, ativos de renda fixa e de renda variável, além de operações com derivativos.

As operações estruturadas são realizadas somente no mercado de opções, em que é necessário pagar um prêmio, que é parte do valor do ativo. Elas podem ser feitas nas opções de compra (call) e também nas opções de venda (put).

Elas também são operações flexíveis, que são utilizadas para compor diversas estratégias dentro do mercado financeiro, como remuneração, proteção da carteira, alavancagem financeira e operações de capital protegido.

O objetivo das operações estruturadas é criar um ambiente de previsibilidade dentro do mercado de renda variável, estimando cenários onde você sabe quais são seus riscos na operação. 

Quais os cuidados necessários antes de investir com operações estruturadas?


Como o mercado de renda variável permite ganhos ilimitados, mas também prejuízos altos, e as operações financeiras estruturadas são complexas, é necessário ter um conhecimento elevado no assunto antes de aplicar por meio delas.

Para investir com operações estruturadas será necessário analisar os ativos e entender qual é a estratégia mais indicada. Apenas dessa forma a operação terá realmente o efeito de mitigar os riscos que um ativo de renda variável pode oferecer.

Por esses motivos, as operações estruturadas são indicadas apenas a investidores que têm um perfil moderado ou dinâmico, com maior tolerância aos riscos desse mercado e com alto conhecimento sobre o mercado financeiro, especialmente opções e derivados.

Veja as operações estruturadas mais usadas


Separamos alguns tipos de operações estruturadas mais comuns no mercado financeiro. São elas: trava de alta, trava de baixa, borboleta, lançamento coberto de opções e rolagem. Confira como cada uma atua abaixo:

Trava de alta
Nessa estratégia, você adquire uma opção de compra (call) com o preço de exercício dela e vende a opção do mesmo ativo com preço superior. Seu ganho máximo é a diferença entre os preços de exercício das calls.

O objetivo da trava de alta é que o valor do ativo no futuro esteja maior do que no momento em que ela foi comprada. O que deve ser levado em conta nessa trava é, portanto, se o valor aumentará com o passar do tempo.

Trava de baixa
Com objetivo inverso, na trava de baixa você vende uma call com preço de exercício inferior e adquire a mesma call com preço superior. Seu ganho máximo também é a diferença entre os preços de exercício.

Nesse caso, o valor do ativo deve estar menor que no momento da compra para que haja lucro na operação. Portanto, essa alternativa deve ser analisada caso você acredite que haverá queda no preço do ativo.

Borboleta
Se nas duas opções acima o esperado era uma oscilação positiva ou negativa do ativo, a borboleta busca um caminho diferente. Essa estratégia é usada quando se acredita que o ativo não terá grandes variações na sua cotação.

Na operação financeira estruturada borboleta, portanto, você investe em uma faixa de preço e, quanto mais estável o valor se mantiver, melhor. Se o preço ultrapassar essa faixa para cima ou para baixo, o investidor perde o valor investido. Seu nome é esse justamente para comparar as pequenas oscilações do ativo com o voo das borboletas.

Lançamento coberto de opções (financiamento)


O lançamento coberto de opções é uma operação que combina movimentações no mercado à vista e também no mercado de opções. Nessa operação, você compra uma ação no mercado à vista e, ao mesmo tempo, realiza a venda de uma opção de compra da mesma ação.

Dessa forma, você passa a ser o titular e o lançador das opções, podendo, portanto, vender a ação a um preço determinado no futuro. Assim, a ação permanece na sua carteira enquanto a opção não for exercida.

Caso a opção seja exercida no seu vencimento, você vende suas ações já sabendo do retorno da sua operação, que também é chamada de financiamento. 

Se a opção não for exercida, você tem o valor recebido como prêmio da opção e permanece com a ação em sua carteira, mas com um preço médio menor do que o valor de mercado dela.

Rolagem
Rolagem é um termo que significa a manutenção de uma estratégia ao final do seu prazo. Nesse caso, você acredita na sua operação e quer se manter nela, por isso, se mantém na operação, “rolando” até o vencimento seguinte, ou levando para um valor de exercício diferente.

Fazer uma rolagem permite que você ajuste sua estratégia, avaliando sua posição e se adaptando aos valores praticados e mudanças de cenário no tempo em que a operação está investida.

Operação estruturada é COE?


Um termo que vem se tornando muito comum no mundo dos investimentos é a sigla COE, que significa Certificado de Operações Estruturadas. Apesar de o COE ser sim uma operação estruturada, ele é um produto emitido por instituições financeiras — inclusive o Safra — combinando títulos de renda fixa, ações e derivativos.

Nesse produto, as instituições definem regras como prazo de vencimento, rentabilidade, liquidez e também aplicação mínima. Os COEs permitem que você acesse, de maneira facilitada, estratégias inovadoras em investimentos com ativos como câmbio, commodities, índices e ações, sendo elas nacionais e internacionais.