Os investimentos de renda fixa são aqueles em que o cálculo da remuneração é definido desde o momento inicial da operação. Ou seja, na renda fixa, o investidor já consegue visualizar de partida prazos, taxas, índices de referência e outros detalhes da transação.

Apesar de ser uma categoria mais segura de investimentos em relação à renda variável, a renda fixa não está isenta de riscos (de crédito, de mercado, de liquidez...). Portanto, é importante estar sempre atento aos seus objetivos e perfil de investidor.

Veja abaixo o material completo que preparamos para ajudar quem deseja entender como funciona um investimento de renda fixa e seus rendimentos, modalidades e riscos, para assim poder escolher o título mais adequado para o seu perfil.

O que são investimentos de renda fixa?

Investimentos de renda fixa são títulos emitidos por bancos, empresas ou pelo próprio governo, com o intuito de captar dinheiro no mercado em forma de 'empréstimos'.

Após o término do período acordado na operação, o dinheiro emprestado é devolvido ao investidor acrescido de juros.

O investidor, por sua vez, possui acesso a estimativas de remuneração de determinado investimento de renda fixa desde o momento inicial da operação.

Além da remuneração, antes de investir, é possível saber sobre todas as taxas, prazos, índices que referenciam o título e todos os outros detalhes que sustentam a negociação.

Como funciona o investimento em renda fixa?

Existem diversos tipos de investimentos em renda fixa, alguns dos mais comuns são: títulos públicos, CDBs (Certificado de Depósito Bancário), Debêntures, LCIs (Letra de Crédito Imobiliário) e LCAs (Letra de Crédito do Agronegócio).

Os CDBs, LCIs e LCAs são emitidos por bancos e instituições financeiras, Debêntures, por empresas que oferecem direito de crédito ao investidor. Já os títulos públicos são emitidos exclusivamente pelo governo federal.

Todos os títulos de renda fixa podem ser comprados em bancos e corretoras de valores. Por meio desses intermediários, os investidores têm acesso a diversos produtos.

Modalidades dos títulos de renda fixa

Quando falamos em renda fixa, contamos com três modalidades principais disponíveis: títulos prefixados, pós-fixados e híbridos (ou mistos).

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Os títulos prefixados são investimentos em que o retorno é definido no momento inicial da aplicação. Portanto, neste caso, o retorno do investimento independe das movimentações das taxas do mercado. Todavia, é importante lembrar que a rentabilidade acordada é valida somente se o resgate for feito na data de vencimento do título. Isto é, se a aplicação for resgatada antes de seu vencimento, o retorno pode variar.

Já os títulos pós-fixados só terão sua rentabilidade conhecida no futuro. Isso porque essa modalidade está sempre atrelada a índices como CDI, Selic, IPCA ou IGP-M.

Sabendo a qual índice seu investimento está atrelado, de acordo com sua oscilação, é possível realizar previsões de quanto você receberá na data de resgate.

Também estão disponíveis títulos híbridos/mistos, que mesclam características de papéis prefixados e pós-fixados.

A remuneração de títulos híbridos é dividida entre uma taxa prefixada atrelada a algum indicador (IPCA ou IGP-M, por exemplo) que pode variar ao longo do tempo.

Tipos de investimentos em renda fixa

Como mencionamos anteriormente, a renda fixa reúne alguns tipos diferentes de títulos. Os principais são:

  • Tesouro Direto: pelo Tesouro Direto é possível comprar títulos públicos, um dos investimentos de renda fixa mais conhecidos pelos brasileiros, principalmente por conta da segurança e por aceitar investimentos a partir de R$ 30. Os recursos captados são utilizados para financiar o governo brasileiro. Existem cinco tipos de títulos do Tesouro Direto:
    • Tesouro Prefixado (LTN): sua taxa é prefixada, com pagamento no vencimento;
    • Tesouro Prefixado com Juros Semestrais (NTN-F): a taxa também é prefixada, mas são feitos pagamentos semestrais;
    • Tesouro Selic (LFT): indexado à taxa Selic, com pagamento feito no vencimento;
    • Tesouro IPCA+ (NTN-B Principal): a taxa é mista, ou seja, parte dela é prefixada e a outra parte é indexada ao IPCA. O pagamento é feito no vencimento;
    • Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais (NTN-B): sua taxa também é mista, mas são feitos pagamentos semestrais aos investidores.
       
  • CDBs: O Certificado de Depósito Bancário (CDB) funciona de forma parecida com os títulos públicos, porém, são emitidos normalmente por bancos. Os CDBs podem ser pré ou pós-fixados e, na segunda modalidade, os títulos geralmente são atrelados ao CDI, taxa que segue a Selic. Um dos grandes trunfos dos CDBs é contar com a garantia do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) em até R$ 250 mil por instituição financeira.
     
  • Debêntures: São títulos de dívidas emitidos por empresas que oferecem direito de crédito ao investidor. As debênture funcionam como empréstimos para que as companhias consigam realizar seus projetos. Nessa modalidade, também estão disponíveis títulos prefixados, pós-fixados ou híbridos. Porém, uma das maiores diferenças em relação a outros investimentos de renda fixa é a rentabilidade, já que as empresas costumam pagar juros maiores. Porém, os riscos também aumentam, já que não há proteção do FGC.
     
  • LCIs e LCAs: As Letras de Crédito imobiliário (LCIs) e Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) captam recursos para, como o nome já diz, oferecer empréstimos para o setor imobiliário ou do agronegócio. Ao final do período acordado, o investidor recebe o valor investido somado ao rendimento no período. A grande vantagem é que investimentos em LCIs e LCAs são isentos de Imposto de Renda e também são garantidas pelo FGC.

Qual é o rendimento da renda fixa?

O rendimento de investimentos em renda fixa depende da modalidade da aplicação, que pode ser prefixada, pós-fixada ou híbrida. Rendimentos de títulos pós-fixados tendem a ser menores por conta do baixo risco e baixa volatilidade.

Já nos títulos prefixados, é possível conhecer o rendimento já no momento da aplicação. Mas é preciso lembrar que esse rendimento acordado é o nominal, de modo que o rendimento real, aquele que desconta a inflação no período, vai depender do comportamento dos preços.

No caso dos títulos híbridos, o mais comum é atrelar o rendimento à variação do IPCA, índice oficial de inflação do país, acrescido de uma parcela prefixada.

Vale destacar, sobretudo para os títulos prefixados e os atrelados ao IPCA, que o resgate antes do vencimento é realizado de acordo com as condições de mercado no momento do pagamento. Ou seja, o modo mais seguro para investir nesses títulos é quando se pode carregá-los até o prazo final acordado.

Qual renda fixa rende mais?

Assim como qualquer investimento, quanto maior exposição a riscos, maiores são as chances de rentabilidade.

Investimentos em renda fixa, de forma geral, são modalidades mais conservadoras e sofrem menor oscilação. Por esse motivo, os retornos também podem não ser tão altos.

Por essas razões é importante estar sempre atendo aos seus objetivos, perfil de investidor e entender quais são suas disposições aos riscos do mercado.

Avalie bem todas as opções existentes. Existe uma vasta prateleira de opções na renda fixa, com diferentes riscos e retornos, para diferentes perfis e objetivos.

Investimentos em renda fixa podem ser mais indicados para quem quer começar a investir, para reservas de emergência ou para diversificação de carteira.

No Safra, você encontra diversas opções de títulos de renda fixa para investir. Saiba mais aqui.

Vantagens e desvantagens de investir em renda fixa

A principal vantagem de investir em renda fixa é a previsibilidade quanto ao comportamento dos títulos.

Além disso, a renda fixa oferece uma grande variedade de produtos e com diversas características voltadas para todos os perfis. Isso facilita a diversificação de sua carteira de investimentos.

Por outro lado, investimentos em renda fixa contam com menos chances de retornos elevados de forma rápida, como pode acontecer no mercado de renda variável, por exemplo.

Renda fixa ou renda variável?

Já explicamos que a renda fixa é uma categoria de investimento em que a remuneração é acordada desde o momento inicial da aplicação.

A renda variável, por sua vez, é o oposto: não oferece tanta previsibilidade em relação à rentabilidade de determinada aplicação.

Antes de decidir entre renda fixa ou renda variável, lembre-se da importância de conhecer e planejar seus objetivos com aquele investimento, além de seguir as diretrizes de seu perfil de investidor.

Aplicações em renda fixa, geralmente, são indicadas em maior proporção para investidores com mais aversão a oscilações, enquanto investidores que aceitam correr mais riscos em troca de uma maior rentabilidade podem preferir a renda variável.

É possível construir uma carteira de investimentos misturando os dois tipos de investimentos. A diversificação é uma das melhores estratégias para aumentar seus ganhos ao longo do tempo.

No Safra, você conta com ajuda de especialistas para entende o melhor tipo de investimento de acordo com seu perfil.

Poupança é renda fixa?

Sim. A poupança é o investimento de renda fixa mais tradicional no Brasil e quem determina suas regras é o governo.

A remuneração da poupança varia de acordo com as oscilações da Selic (taxa básica de juros brasileira) e suas condições não podem ser alteradas por nenhuma instituição que oferta o produto. Investimentos na caderneta são livres de taxas e Imposto de Renda.

Atualmente, a remuneração da poupança corresponde a 70% da meta da taxa Selic ao ano, mensalizada, vigente na data de início do período de rendimento.

Como investir em renda fixa?

Para investir em renda fixa você precisa ter uma conta em um banco ou instituição financeira. Dentro de sua conta, basta selecionar as opções de renda fixa e visualizar quais títulos estão disponíveis para aporte.

Antes de investir, certifique-se de que as condições dos investimentos estão atreladas aos seus objetivos.No Safra, você tem acesso a especialistas para que podem selecionar investimentos e fundos de renda fixa do mercado, com um portfólio de produtos completo.

Abra a sua conta e conheça nossos investimentos para compor sua carteira.

Fundos de Investimentos em renda fixa

Fundos de renda fixa realizam investimentos em ativos relacionados à variação de taxa de juros ou índices de preço (ou ambos).

Para tanto, esses fundos aplicam, basicamente, em títulos de renda fixa como títulos públicos e ativos de crédito privado, como debêntures, CDBs, LFs e, em alguns casos, FIDCs.

A principal diferença entre investir diretamente em títulos de renda fixa de forma individual e investir em um fundo, é a facilidade que os fundos oferecem de ter seu patrimônio cuidado por um gestor, além de contar com maior diversificação.

Confira aqui nosso e-book sobre renda fixa para conhecer os principais tipos de fundos da categoria.

Investir em renda fixa com segurança

Investimentos de renda fixa, de forma geral, são modalidades mais seguras, Alguns podem inclusive contar com garantias importantes. Aplicações em CDBs, LCIs e LCAs são protegidas pelo FGC em até R$ 250 mil por instituição financeira.

Já investimentos em títulos públicos não possuem garantia FGC, porém contam com a segurança do governo.