A semana que se inicia já oferece informações importantes aos investidores, antes mesmo da abertura dos negócios. O Federal Reserve (Fed, o banco central americano) antecipou sua decisão de política monetária e anunciou no domingo, 16, um novo corte de juros.
E dados divulgados na China mostram que o impacto do coronavírus sobre a economia do país foram mais profundos do que se projetava. Veja abaixo o calendário com os principais eventos da semana.
Mercado espera queda da Selic
Na quarta-feira, o Banco Central do Brasil anuncia sua decisão para a Selic, a taxa básica de juros, que atualmente está em 4,25% ao ano.
O consenso de mercado espera um corte de 0,25 ponto, enquanto nossa equipe de Macroeconomia projeta uma queda maior, de 0,50 ponto. Após o movimento do Federal Reserve, há chance de que a decisão também seja antecipada no Brasil.
Índices de confiança
O mercado monitora ainda a divulgação de alguns índices de confiança nesta semana, que devem sinalizar o humor dos agentes econômicos frente à crise do coronavírus.
Na terça-feira será divulgada a confiança econômica na Zona do Euro e a confiança do investidor (ZEW) na Alemanha. Na sexta-feira, a FGV revela a prévia da confiança da indústria.
Líderes mundiais se reúnem
Nesta segunda-feira, 16, os líderes do G7 se reunirão por videoconferência para coordenar ações contra o coronavírus. São esperadas medidas em diversas frentes, tanto de saúde, quanto financeiras.
Cortes adicionais nos EUA
A decisão do Fed sobre os juros americanos estava prevista para ser anunciada na quarta-feira, mas o BC americano decidiu se antecipar e realizar um novo corte emergencial.
Desta vez, a redução foi de um ponto porcentual, levando a taxa básica no país para a faixa de zero a 0,25%. O movimento foi mais profundo do que o corte esperado pelo mercado, que projetava que os juros iriam cair ao nível de 0,50% a 0,75% na quarta-feira.
Impacto na China surpreende
Dados sobre a economia chinesa divulgados neste domingo indicam que os prejuízos causados pelo coronavírus podem ser maiores do que os projetados.
A produção industrial na China despencou 13,5% nos dois meses até fevereiro. A projeção do mercado era de recuo de 3,9%. Do mesmo modo, as vendas no varejo registraram baixa de 20,5% nesse período, enquanto as projeções eram de queda de 4%.
Relatório Focus
O consenso de mercado capturado pelo Banco Central registrou quinta vez consecutiva recuo na estimativa para o crescimento do PIB em 2020. Agora, o Focus aponta que o PIB deve crescer 1,68% no ano. Uma semana antes, a previsão era de 1,99%.