O desempenho do PIB brasileiro no primeiro trimestre, divulgado na semana passada, já colocou em números os primeiros efeitos recessivos da pandemia.

A atenção agora se concentra em entender qual o tamanho do tombo nos meses seguintes, bem mais afetados pelas medidas de isolamento social. Alguns números desta semana ajudarão a compor esse quadro; veja quais abaixo.

Produção e venda de veículos

Nesta segunda-feira, o Ministério da Economia divulga os dados da balança comercial em maio. Nossa equipe de Macroeconomia espera que as exportações tenham subido para US$ 18,7 bilhões e as importações para US$ 13,6 bilhões, mantendo o saldo positivo.

Nesta semana, a federação de concessionárias Fenabrave abre o número de emplacamentos de veículos em maio. Em abril, houve queda de 64% na comparação mensal.

Também são esperados os dados da produção de veículos em maio, anunciados pela associação de montadoras Anfavea. Em abril, foi revelada praticamente uma completa paralisação das fábricas, com queda de 99% na produção.

Indústria em abril

Já na quarta-feira, o IBGE apresentará a Pesquisa Industrial Mensal relativa a abril. Nosso time calcula que as perdas no setor tenham aumentado para 36,0% em relação a março, mês que já havia registrado queda de 9,1% na margem.

Na quinta-feira, o Banco Central Europeu irá anunciar sua decisão de política monetária. A expectativa do mercado é que a taxa de referência continue zerada, mas sinalizações sobre medidas não convencionais de estímulo serão monitoradas.

Mercado de trabalho americano

Enquanto isso, nos Estados Unidos, espera-se que os novos pedidos de seguro-desemprego enfim tenham caído abaixo dos 2 milhões na última semana.

Finalmente, na sexta-feira o governo americano divulgará a taxa de desemprego no país em maio. Um novo salto é esperado pelos analistas, o que deverá colocar a taxa perto de 20%.