A semana que se inicia servirá de termômetro para a economia global. Alemanha e Reino Unido, as duas maiores economias europeias, divulgam no meio da semana o resultado do PIB no primeiro trimestre.

Já os negócios da sexta-feira deverão ser influenciados por dados de varejo e indústria das duas maiores economias do planeta. Referentes a abril, os números da China saem na quinta-feira à noite e os dos Estados Unidos, na sexta-feira de manhã.

No Brasil, alguns dados relevantes também serão conhecidos. Veja na agenda abaixo:

Serviços e ata do Copom

Na manhã de terça-feira, 12, o IBGE divulga a Pesquisa Mensal de Serviços, com dados de março, e Banco Central abre detalhes da decisão que levou o Banco Central a cortar a Selic em 0,75 ponto porcentual, um movimento mais agressivo do que era projetado pelo mercado.

O comitê se mostrou inclinado a reduzir novamente a taxa na próxima reunião, em junho. A equipe de Macroeconomia do Banco Safra espera que a taxa de juros termine o ano a 2,25%.

Varejo em março

Na quarta-feira, 13, o IBGE mostra o resultado do varejo no mês de março. Nossos especialistas calculam que as vendas na contabilidade ampliada, que inclui automóveis e materiais de construção, tenham despencado 17,3%, na comparação com fevereiro. No varejo restrito, o recuo projetado é menor, de 10,5%, usando a mesma base de comparação.

E no Reino Unido serão conhecidos os números do PIB no primeiro trimestre de 2020. A maior parte dos analistas espera uma queda de pelo menos 2,5% na comparação com os três meses anteriores.

China e EUA

Na noite de quinta-feira, a China abre os dados do varejo e da indústria no mês passado. A expectativa é que a potência asiática já apresente uma recuperação relevante em relação ao período de auge da crise sanitária por lá.

Na comparação anual, o mercado espera que a indústria tenha subido 1,5%, após queda de 1,1% em março, e que o comércio tenha registrado baixa de 5,9%, bem menor do que o recuo anterior de 15,8%.

No dia seguinte, os Estados Unidos divulgam os mesmos dados. A expectativa para a indústria é um tombo 11,6%, e, para as vendas no varejo, de 11,3%, na comparação com março. Desse modo, ao contrário do que deve ocorrer na China, espera-se que as perdas americanas tenham apresentado aceleração.

Também na sexta-feira, 15, a Alemanha anuncia seu resultado do PIB. A previsão mediana é que a maior economia da Europa tenha sofrido uma contração de 2,1% no primeiro trimestre, ante o mesmo período imediatamente anterior.

Por fim, o Banco Central divulga o IBC-Br de março. O índice é considerado uma aproximação do PIB, e a expectativa é que tenha avançado 0,4% na margem, o que daria 0,6% na comparação anual.