Mais uma rodada importante de dados econômicos está prevista para os próximos dias. Desta vez, o foco é o mercado de trabalho no Brasil e nos Estados Unidos.

Enquanto na segunda-feira o Ministério da Economia irá informar o resultado do setor formal, na quarta-feira o IBGE revelerá a taxa oficial de desemprego no país.

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Lá fora, o número mais importante está previsto para sexta-feira, quando o governo americano irá anunciar o payroll de junho.

Segunda-feira: Caged

As manifestações do Banco Central do Brasil neste mês vêm gerando ajustes nos preços dos ativos e nas expectativas dos analistas. Desse modo, o Relatório Focus ganha destaque mais uma vez. O documento apresenta as projeções do mercado coletadas pelo Banco Central para inflação, câmbio, atividade e juros.

Mas o principal número será do Caged. Esperamos que o Ministério da Economia mostre criação líquida de 150 mil postos com carteira assinada em maio, acima dos 120,9 mil registrados em abril. O consenso de mercado prevê 360 mil novas vagas.

No exterior, o presidente do Fed de Nova York, John Williams, irá discursar pela manhã em evento do BIS. O mercado estará atento a possíveis comentários sobre política monetária.

Terça-feira: Inflação do aluguel

A FGV irá informar logo cedo a variação do IGP-M em junho. Trata-se do índice de inflação mais utilizado no país para reajustes em contratos imobiliários. O Safra espera alta de 1,19% na comparação com maio, e de 36,6% em 12 meses.

Além disso, será conhecido o resultado primário do governo central em maio, que agrega os saldos do Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central.

No exterior, a leitura para junho do índice de confiança do consumidor americano será informada pelo Conference Board.

Quarta-feira: Pnad Contínua

O IBGE irá divulgar os novos dados da Pnad Contínua. Entre eles está a taxa oficial de desemprego no país nos três meses até abril. Projetamos que ela siga em 14,7%. Já a mediana das expectativas prevê 14,9%.

Lá fora, o destaque é o relatório de emprego da ADP, com dados do setor privado americano em junho. O consenso de mercado prevê 550 mil novas vagas.

Destaque ainda para outros números relativos ao mês de junho: o índice preliminar de inflação da Zona do Euro, bem como o PMI industrial da China calculado pelo grupo Caixin e dados de emprego na Alemanha.

Quinta-feira: PMI calculado pelo ISM

No Brasil, será anunciado o resultado da balança comercial em junho. A mediana das projeções é de superávit de US$ 11,9 bilhões.

Teremos ainda os dados finais de PMI industrial calculados pela Markit, que irão indicar o desempenho do setor em junho no Reino Unido, na Zona do Euro, nos Estados Unidos e também no Brasil.

Os investidores ainda estarão atentos ao PMI industrial dos Estados Unidos em junho calculado pelo ISM. A previsão do mercado é de 61,0 pontos, ainda em terreno de forte expansão.

Outros números importantes são de seguro-desemprego nos Estados Unidos, de varejo na Alemanha e a taxa de desemprego na Zona do Euro.

Sexta-feira: Emprego nos EUA

As atenções dos investidores irão recair sobre o relatório oficial de emprego dos Estados Unidos. Projetamos criação de 900 mil postos em junho, contra 700 mil da mediana das projeções. Já a taxa de desemprego deve recuar para 5,7%, segundo o consenso de mercado.

Aqui no Brasil, o IBGE irá apresentar a produção industrial do país em maio. Nossa estimativa é de leve queda de 0,1% ante abril. O setor ficaria assim 25,7% acima do nível de maio de 2020.