A agenda de eventos e dados econômicos segue quente para os investidores. A semana deve ser marcada pelos novos números de inflação nas duas maiores economias do mundo, bem como no Brasil.

Além disso, o mercado acompanhará com atenção os últimos indicadores de atividade no Brasil referentes ao mês de junho, e os detalhes que serão trazidos pela Ata do Copom sobre o aumento da Selic.

Vale lembrar ainda que a temporada de balanços segue forte no país, com resultados trimestrais de empresas como JBS, Suzano e Magalu.

Já em Brasília, continuaremos a monitorar o trâmite da reforma tributária. Veja abaixo alguns pontos importantes para os próximos dias.

Segunda-feira: Inflação na China

A semana será iniciada com os novos dados de inflação na China. Ante julho de 2020, o consenso de mercado prevê avanço de 0,8% nos preços ao consumidor e de 8,8% nos preços ao produtor.

Também está prevista a divulgação do índice de preços do México para o mês passado.

Nos Estados Unidos, o governo irá publicar a pesquisa JOLTs de junho, que mede a escassez de mão de obra no país, a partir, por exemplo, da disponibilidade de empregos não preenchidos.

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Aqui no Brasil, teremos a primeira divulgação do Relatório Focus após o Banco Central apertar o passo de alta na Selic.

O documento semanal traz as expectativas do mercado para variáveis como inflação, juros, câmbio e atividade.

Por fim, a FGV irá informar a variação do IGP-DI em julho. O Safra espera que o índice de inflação suba 1,01% ante junho.

Terça-feira: IPCA de julho

O principal número do dia será o IPCA de julho. O Safra espera que o índice oficial de inflação do Brasil acelere para 0,95% ante junho, acumulando uma alta de 8,98% em 12 meses.

Entre os fatores de pressão devem figurar os combustíveis, os efeitos do aumento na cobrança adicional sobre as contas de luz e o fim da deflação de alimentos in natura.

Além disso, o Banco Central irá divulgar a Ata do Copom, com detalhes sobre as reuniões da semana passada, que resultaram na alta de 1 ponto porcentual na Selic.

A instituição sinalizou uma postura mais dura, apontando que o atual ciclo de aumento de juros deverá atingir um nível restritivo, que busca conter a expansão da economia.

No exterior, o centro de pesquisa ZEW irá revelar a leitura de agosto do seu indicador de percepção econômica na Alemanha.

Teremos ainda uma forte rodada de balanços corporativos. Pela manhã, estão no radar os números de BTG Pactual e Klabin. Após o fechamento, é a vez de NotreDame Intermédica, Raia Drogasil e BR Distribuidora.

Quarta-feira: Inflação nos EUA

Em um dia movimentado, o IBGE irá informar o resultado do varejo brasileiro em junho. O Safra projeta uma leve alta de 0,1% no volume de vendas, na comparação com maio, deixando o setor 8,3% acima do nível de junho de 2020.

Isso considerando a modalidade restrita, que não contempla os segmentos de veículos e materiais de construção.

Já nos Estados Unidos, as atenções estarão voltadas para o índice CPI, que mede a inflação ao consumidor no país. O Safra estima alta de 5,2% nos 12 meses até julho. Na margem, a alta deve ser de 0,4%.

Entre os resultados de empresas, após o fechamento, teremos B3, JBS, Suzano, Eletrobras e Hapvida.

Quinta-feira: Serviços em junho

No exterior, os investidores acompanharão o PIB do Reino Unido observado no 2º trimestre. O consenso de mercado espera crescimento de 4,8% contra os três primeiros meses de 2021.

Destaque também para a produção industrial verificada na Zona do Euro em junho.

Aqui no Brasil, iremos monitorar a pesquisa do IBGE sobre o setor de serviços. A mediana das projeções é de alta de 17,9% em relação a junho de 2020.

Nos Estados Unidos, será divulgada a inflação ao produtor em julho, bem como os dados semanais de seguro-desemprego.

Atenção ainda para a decisão de política monetária no México.

No âmbito corporativo, as gigantes do e-commerce Magazine Luiza e Americanas irão apresentar seus resultados trimestrais.

Sexta-feira: Prévia do PIB

Será conhecido o IBC-Br de junho, considerado uma aproximação em base mensal do PIB do país. O Safra espera alta de 0,4% ante maio.

Na agenda americana, o mercado acompanhará a prévia de agosto do levantamento de confiança do consumidor feito pela Universidade de Michigan, em busca de sinais sobre os impactos da variante delta do coronavírus no país.

Entre os balanços, destaque para a Cosan, após o fechamento do mercado.