A temperatura do calendário econômico irá subir nos próximos dias. Em um momento de revisão dos estímulos monetários ao redor do mundo, teremos anúncios oficiais de diversos bancos centrais.

Destaque para as decisões nos Estados Unidos, Japão e Reino Unido, que devem direcionar as expectativas do mercado em relação a aumentos de juros e reduções de programas de compras de ativos.

Lembrando que, neste mês, o Banco Central Europeu optou por recalibrar os seus estímulos emergenciais.

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Um anúncio nesse sentido é esperado do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) na quarta-feira, com detalhes sobre o momento e o ritmo do tapering.

O Banco Central do Brasil também irá anunciar a sua decisão de juros no mesmo dia, e o foco será a magnitude do aumento da Selic. Uma alta de pelo menos 1 ponto porcentual é amplamente esperada.

Os investidores devem monitorar ainda decisões de política monetária na China, Turquia, África do Sul e Indonésia.

Terça-feira: China e Japão

Com um início de semana menos movimentado, o mercado avalia novos dados do setor imobiliário nos Estados Unidos.

À noite, o Banco do Japão e o Banco Popular da China soltam suas decisões de política monetária.

Quarta-feira: Copom e Fed

Nos Estados Unidos, o comitê de política monetária do Fed revela à tarde a sua decisão, provavelmente mantendo a taxa de referência perto de zero.

A expectativa é que os dirigentes esclareçam quando e como pretendem reduzir o ritmo de compra de títulos públicos e títulos com lastro imobiliário, hoje de US$ 120 bilhões por mês.

Outros pontos de atenção são o discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, e as novas projeções da instituição, que podem alterar as perspectivas para o aumento de juros no país.

Aqui no Brasil, depois das 18h, o Banco Central anuncia a sua decisão sobre a taxa básica de juros.

O Safra espera que o Comitê de Política Monetária (Copom) eleve a Selic de 5,25% para 6,25% ao ano. Até o fim de 2021, ela deve chegar ao nível de 8%.

Quinta-feira: Atividade em setembro

O mercado repercute dados preliminares de atividade em algumas das maiores economias do planeta.

O PMI composto calculado pela Markit para a Zona do Euro, Reino Unido e Estados Unidos pode mostrar o atual grau das restrições de oferta, bem como os reflexos da variante delta do coronavírus.

Também será monitorada a decisão de juros do Banco da Inglaterra.

E a agenda corporativa volta a ser destaque, após semanas sem grandes números. Depois do fechamento, serão conhecidos os balanços da chinesa Trip.com e das gigantes americanas Costco e Nike.

Sexta-feira: Prévia da inflação

Na sexta-feira, o destaque interno é a prévia da inflação de setembro. A estimativa do Safra para o IPCA-15 é de aceleração para 1,09% na margem, atingindo 10% no acumulado de 12 meses.

Entre os fatores de pressão está a nova bandeira tarifária que passou a ser cobrada sobre as contas de luz.

Atenção ainda para o desempenho das contas externas em agosto. O consenso de mercado espera que o saldo em transações correntes volte a ficar positivo.

Lá fora, os investidores acompanham de perto um evento virtual do Fed, que inclui declarações de seu presidente, Jerome Powell.