Após uma semana relativamente leve na agenda de indicadores econômicos, os próximos dias prometem sinalizações importantes para os investidores, tanto no cenário local quanto no cenário internacional.

Por aqui, o destaque fica para números sobre as contas externas, mercado de trabalho e inflação, com leituras do IPCA-15 na terça-feira, e do IGP-M, na quinta-feira. 

No entanto, o destaque deve ficar nos Estados Unidos. Na quarta-feira, o Federal Reserve anuncia sua decisão de política monetária, e as atenções se voltam para as declarações do presidente da instituição, Jerome Powell. Ainda conheceremos durante a semana números do PIB americano para o primeiro trimestre e de inflação ao consumidor.

Confira os principais dados econômicos previstos na agenda, e que podem movimentar o mercado nos próximos dias.  

Segunda-feira: Contas externas

Às 9h30, o Banco Central divulga duas sinalizações para as contas externas brasileiras em março: a conta corrente e os investimentos diretos no país. Projetamos déficit de US$ 2 bilhões na conta corrente e entrada de US$ 7,5 bilhões em investimento direto no país.

Antes disso, às 8h25, conheceremos os números atualizados do Relatório Focus, pesquisa semanal do Banco Central com agentes do mercado sobre as principais variáveis macroeconômicas, como juros, inflação, PIB e câmbio.

Terça-feira: IPCA-15

Às 9h, o IBGE divulga o IPCA-15 de abril. Projetamos inflação de 0,58% sobre março e de 6,1% na comparação anual.

Às 11h, as atenções se voltam para os Estados Unidos, com o índice de confiança do consumidor, medido pela Conference Board, e com o índice de manufatura de Richmond, importante sinalização para a indústria americana. O consenso do mercado prevê avanço nas duas leituras sobre março, com a confiança passando de 109,7 para 112,0 pontos, e o índice de manufatura subindo de 17,0 para 22,0 pontos.

Quarta-feira: Juros nos Estados Unidos

Às 15h, o Federal Reserve, o banco central americano, anuncia sua decisão de política monetária. O consenso de mercado prevê manutenção dos juros no intervalo de 0% a 0,25% ao ano, mas as atenções se voltam para o discurso de Jerome Powell, presidente da instituição, às 15h30.

O mercado americano tem acompanhado um crescente debate entre as perspectivas para inflação e juros, tema que deve seguir em pauta.

Antes disso, às 14h30, o Tesouro Nacional revela o relatório mensal da dívida pública para março.

E o Caged, sem horário definido, anuncia a criação de postos de trabalho no setor formal em marco. Nossa projeção é pela criação líquida de 275 mil vagas.

Quinta-feira: PIB americano

Às 9h30, os Estados Unidos divulgam o PIB para o primeiro trimestre de 2021. O consenso de mercado projeta crescimento de 6,6% na comparação trimestral. Lembrando que a divulgação do número nos EUA ocorre no formato anualizado.  

No Brasil, às 8h a FGV divulga o IGP-M de abril. Projetamos inflação de 1,25% na comparação com março e de 31,7% na comparação anual. 

Às 9h30, o Banco Central anuncia o estoque de crédito para março. Estimamos crescimento de 0,8% na comparação mensal, para R$ 4,1 trilhões. 

Já às 14h30, o Tesouro Nacional revela o resultado primário do governo central para março.

E, durante a noite, às 22h, iremos conhecer os números do PMI Composto na China em abril, indicador que mede a atividade nos setores da indústria e de serviços. O consenso de mercado prevê que o número irá passar de 51,9 para 51,7, sendo que leituras acima de 50 indicam expansão da atividade.

Sexta-feira: Desemprego no Brasil, inflação nos EUA

Durante a manhã, teremos novos dados de PIB na economia internacional para o primeiro trimestre. Na Alemanha, conheceremos o PIB às 5h, com o consenso de mercado projetando recuo de 1,5%. E, às 6h, será divulgado o PIB da zona do euro, também com projeção de queda, de 0,8% na comparação trimestral.

Às 9h, o IBGE divulga a PNAD Contínua de fevereiro, com a taxa de desemprego trimestral. Projetamos alta para 14,4%.

Já às 9h30, o Banco Central divulga a dívida líquida do setor público em março.

Também às 9h30, os Estados Unidos divulgam seu índice de inflação ao consumidor, o PCE, para março. Projetamos inflação de 2,3% na comparação anual. O Federal Reserve, no entanto, utiliza o núcleo do PCE para suas metas de política monetária, em medida que exclui os preços de alimentos e energia. Nesta medida, projetamos alta de 1,8%, sendo que a meta de inflação nos EUA é de 2%. 

Às 11h, a Universidade de Michigan revela a confiança do consumidor americano em abril, com o consenso de mercado projetando alta de 86,5 pontos para 87,5 pontos.