O mês de novembro começa com um calendário intenso para os investidores. Internamente, os destaques são o trâmite da PEC dos Precatórios, a Ata do Copom e a produção da indústria.

A agenda externa não fica para trás, com reuniões decisivas de política monetária nos Estados Unidos e no Reino Unido.

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O Banco da Inglaterra pode ser a autoridade monetária mais importante a elevar juros, desde que a pandemia começou.

Já o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) deve enfim apresentar o seu plano de retirada dos estímulos extraordinários injetados após a crise de Covid. Por lá, um aumento de juros só está previsto para o ano que vem.

Veja a seguir o que acompanhar nos próximos dias.

Segunda-feira: PMI industrial

O Relatório Focus será conhecido logo cedo e pode refletir o ajuste nas projeções dos analistas, após a última decisão de política monetária no Brasil.

Também está prevista a divulgação do desempenho da balança comercial brasileira em outubro.

Outra frente importante é o PMI industrial da Markit relativo a grandes economias, como a americana, chinesa e brasileira em outubro.

Lembrando que, para os Estados Unidos, também teremos o PMI industrial do ISM.

Terça-feira: Finados

Não haverá negócios na B3 em razão do Dia de Finados.

A agenda econômica será mais leve no exterior, de modo que ganha relevância o PMI industrial da Markit para a Zona do Euro em outubro.

Na temporada de balanços trimestrais, destaque para os números de Pfizer e Maersk. Após o fechamento, teremos o resultado da Amgen.

Quarta-feira: Federal Reserve

No Brasil, logo cedo os investidores irão monitorar atentamente a Ata do Copom, em busca de novas informações sobre a visão da autoridade monetária do país para o cenário, inclusive no que diz respeito às incertezas fiscais.

Nos Estados Unidos, sairá à tarde a decisão do comitê de política monetária do Fed. Os juros de referência não devem ser alterados, mas a expectativa é que o início do tapering seja formalmente anunciado.

A instituição hoje sustenta um programa de compra de ativos de pelo menos US$ 120 bilhões por mês, ritmo que deve começar a ser reduzido em dezembro deste ano, ou até mesmo em meados de novembro.

Logo depois do anúncio, as atenções se voltam para o discurso do presidente do Fed, Jerome Powell.

Ainda merece atenção o relatório de emprego da ADP, trazendo o comportamento do mercado de trabalho americano no setor privado em outubro.

Quanto aos balanços corporativos, teremos à noite os números de Itaú Unibanco e CSN. Lá fora, pela manhã, sairão os dados de Nordisk, Ørsted e Vestas.

Quinta-feira: Indústria brasileira

O IBGE irá revelar a produção da indústria brasileira observada em setembro. Enquanto o consenso de mercado prevê estabilidade ante agosto, o Safra espera queda de 1,1%.

No exterior, o mercado irá repercutir a decisão de juros do Banco da Inglaterra, e um eventual aumento é provável para parte dos analistas.

No calendário corporativo, o dia começará com Moderna, SoftBank, Nintendo e Konami. Aqui no Brasil, o destaque é o Bradesco, após o fechamento.

Sexta-feira: Payroll

O relatório oficial de emprego dos Estados Unidos irá encerrar a semana de indicadores.

Após o resultado mais fraco do que o esperado em setembro, o Safra espera uma criação líquida de 430 mil vagas em outubro.