Os próximos dias irão trazer mais informações sobre o comportamento geral dos preços no Brasil e nos Estados Unidos, o que deve abastecer as discussões sobre eventuais mudanças na política monetária dos dois países.

A semana ainda terá alguns discursos de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), inclusive de seu presidente, Jerome Powell.

Em Brasília, a Câmara dos Deputados deve analisar já no início da semana a MP aprovada pelo Senado que trata da privatização da Eletrobras. O mercado também aguarda novidades sobre a reforma tributária.

No calendário corporativo, a consultoria Accenture e a gigante de calçados Nike informam seus resultados na quinta-feira.

Confira a seguir alguns dos destaques na agenda da semana.

Segunda-feira: Relatório Focus

O Relatório Focus terá um peso maior nesta semana, já que será o primeiro a ser divulgado após a adoção de um tom mais duro pelo Banco Central.

O documento traz as expectativas de mercado coletadas pelo BC para indicadores econômicos, entre eles, atividade econômica, inflação, câmbio e juros.

No exterior, destaque para o discurso da presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde.

Terça-feira: Ata do Copom

Pela manhã, vamos acompanhar a divulgação da ata da reunião do Copom que resultou em uma posição menos tolerante com a inflação por parte da autoridade monetária.

Lá fora, as atenções se voltam ao pronunciamento do presidente do Fed, Jerome Powell. Vale lembrar que o BC americano também adotou uma postura menos leniente em seu último anúncio.

Quarta-feira: PMIs de grandes economias

Um dos destaques será a divulgação de uma bateria de índices PMI preliminares calculados pela Markit. Será um termômetro da atividade na Europa e nos Estados Unidos em junho.

Será conhecido também o PIB oficial da Argentina no 1º trimestre de 2021. O país, importante parceiro comercial do Brasil, vem de uma contração interanual de mais de 4% na atividade.

Quinta-feira: Meta do BC em 2023

O Banco da Inglaterra irá anunciar a sua decisão de política monetária. A expectativa é que as taxas de referência sejam mantidas.

Destaque ainda para os dados semanais de seguro-desemprego nos Estados Unidos. O consenso de mercado prevê 380 mil novos pedidos.

Atenção também na quinta-feira para a divulgação da meta de inflação do Banco Central em 2024. A instituição irá divulgar no mesmo dia o seu Relatório Trimestral de Inflação, que traz suas projeções para diferentes variáveis econômicas.

Sexta-feira: Inflação no Brasil e EUA

Nos Estados Unidos, os investidores irão monitorar a divulgação do PCE. O núcleo desse índice é a medida de inflação preferida pelo Fed para balizar sua política monetária. Projetamos alta de 0,50% na passagem de abril para maio e de 3,9% em 12 meses. O núcleo, por sua vez, deve subir 0,55% e 3,4%.

No Brasil, o IBGE irá divulgar a prévia da inflação oficial em junho. Com aceleração nos preços de alimentos, esperamos que o IPCA-15 avance 0,87%, acima do 0,44% registrado em maio. Em 12 meses, a alta deve ser de 8,18%.

Iremos acompanhar também o desempenho das contas externas do país. A mediana das projeções prevê saldo positivo de US$ 4 bilhões em transações correntes no mês de maio, bem como ingresso líquido de US$ 2,5 bilhões em investimento direto no país.

Veja também:
> Primeiros Passos: Veja nosso e-book para começar na renda variável
> Acompanhe as análises do Safra em nosso canal no Telegram
Baixe o app e abra a sua conta no Safra