Voltaremos a conhecer dados econômicos importantes na semana que se inicia. Internamente, os destaques devem ser a prévia da inflação em agosto e o resultado fiscal do governo em julho, dois temas que vêm sendo acompanhados de perto pelo mercado.

Lá fora, indicadores de atividade preliminares irão apresentar a situação de algumas das maiores economias do mundo, em meio ao avanço da vacinação, mas também da variante delta do coronavírus.

O foco nos Estados Unidos deve ser ainda maior, por conta dos novos dados de inflação e da conferência do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) em Jackson Hole.

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Vale lembrar que a ata da última reunião de política monetária do Fed pressionou os ativos, ao acenar com a possibilidade de uma redução de estímulos já em 2021.

Entre os balanços corporativos previstos, devem repercutir os números de algumas gigantes chinesas, como PetroChina, JD.com e Xiaomi.

Segunda-feira: PMIs de agosto

A semana começa com uma bateria de PMIs preliminares da Markit relativos ao mês de agosto, com o desempenho da indústria e serviços no Japão, Reino Unido, Zona do Euro e EUA.

Os últimos levantamentos mostraram um crescimento acentuado da produção industrial na Zona do Euro. Já nos EUA e no Reino Unido, a atividade seguiu esfriando em relação aos picos históricos observados em maio.

Atenção ainda para novos números sobre o mercado imobiliário americano, bem como para a prévia do indicador de confiança do consumidor calculado pela Comissão Europeia.

Terça-feira: PIB alemão

Com uma agenda econômica menos movimentada, ganha destaque a divulgação de mais detalhes sobre a composição do PIB da Alemanha no 2º trimestre.

Na primeira leitura, a maior economia da Europa cresceu 1,5% ante o 1º trimestre.

Quarta-feira: Prévia da inflação

Aqui no Brasil, iremos acompanhar o desempenho das contas externas em julho. A previsão do mercado é de superávit de US$ 800 milhões em transações correntes, que contabiliza o fluxo de bens, serviços e renda do país com outros países.

Já a estimativa para o investimento direto no Brasil é de ingresso de US$ 4 bilhões.

O destaque, porém, deve ser o anúncio da prévia da inflação observada em agosto. Esperamos que o IPCA-15 acelere para 0,83%, puxado pelo preço dos alimentos.

Será importante acompanhar ainda o julgamento do STF sobre a lei de autonomia do Banco Central, contestada por alguns partidos de oposição.

Lá fora, o instituto alemão Ifo publicará o seu o índice de confiança empresarial referente ao mês de agosto. Teremos ainda o PIB do México registrado no 2º trimestre.

Quinta-feira: Jackson Hole

Começará a conferência anual do Fed em Jackson Hole, no Oeste dos EUA. O evento será acompanhado com atenção, em busca de novas informações sobre o momento da redução de estímulos no país.

Ainda nos EUA, serão conhecidos os dados semanais de seguro-desemprego. Os novos pedidos vêm em trajetória de baixa.

Sexta-feira: Jerome Powell

O evento do Fed em Jackson Hole seguirá sob os holofotes, com o discurso pela manhã do presidente da instituição, Jerome Powell.

Teremos ainda a divulgação da inflação medida em julho pelo PCE, o índice preferido pelo Fed para avaliar o comportamento dos preços. Esperamos alta mensal de 0,4% e anual de 4,2%.

O número vem na esteira de uma leitura moderada do índice CPI, cuja divulgação mitigou os temores por um descontrole da inflação.

No Brasil, iremos conhecer o resultado primário em julho do governo central, que reúne as contas do Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central.

Também estão no radar novos dados do Caged, com a variação de empregos com carteira assinada. Projetamos criação líquida de 318 mil vagas.