A semana de negócios será mais curta no Brasil e nos Estados Unidos. Ainda assim, estão previstas informações importantes interna e externamente. Os destaques por aqui são os dados do varejo relativos a maio, bem como a leitura do IPCA em junho.

Vale dizer que, em Brasília, começam a aparecer com mais força no radar as discussões sobre a Lei de Diretrizes Orçamentárias. Caso não seja aprovada nas próximas semanas, não haverá recesso parlamentar na segunda metade de julho.

Lá fora, os investidores irão acompanhar com atenção os dados chineses de inflação. Além disso, a ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) será analisada de perto.

Segunda-feira: Feriado nos EUA

Os mercados estarão fechados nos Estados Unidos, o que tende a reduzir o volume de negócios ao redor do mundo.

Os destaques entre os indicadores serão as leituras de PMI em junho calculadas pela Markit para o setor de serviços na China, Japão, Zona do Euro, Reino Unido e Brasil.

O setor é um dos mais sensíveis à pandemia, de modo que os dados serão monitorados com atenção pelo mercado, com o objetivo de avaliar o impacto da variante delta do coronavírus sobre as economias.

Terça-feira: PMI nos EUA

A Markit e o ISM irão divulgar na terça-feira seus respectivos PMIs de serviços para os Estados Unidos em junho.

Além disso, destaque para as vendas de varejo registradas em maio na Zona do Euro e para o índice de confiança levantado pelo ZEW na Alemanha.

No noticiário corporativo, após o fechamento do mercado, a Camil (CAML3) irá reportar seus resultados no 1º trimestre.

Quarta-feira: Varejo no Brasil

O IBGE irá informar pela manhã o resultado do varejo no Brasil em maio. O Safra espera que o volume de vendas tenha alta de 2,0% ante abril na modalidade restrita, que não considera os segmentos de veículos e materiais de construção. O setor deve ficar assim 17,3% acima do nível de maio de 2020.

O mercado ainda irá repercutir a produção industrial verificada na Alemanha em maio.

Nos Estados Unidos, o governo irá soltar a pesquisa mensal JOLTs, que mede a escassez de mão de obra no país, a partir, por exemplo, da disponibilidade de empregos não preenchidos.

Mais importante será a divulgação da ata da última reunião de política monetária do Fed. As discussões ocorreram nos dias 15 e 16 de junho e resultaram em um tom mais duro contra a inflação, com projeções de aumentos nas taxas de juros mais cedo do que o mercado esperava.

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Os investidores irão buscar, sobretudo, sinais sobre o timing e o ritmo das reduções nos programas de compras de ativos do Fed.

Quinta-feira: IPCA de junho

O IBGE irá anunciar pela manhã a variação do IPCA em junho. Com a desaceleração esperada em combustíveis, o Safra estima que o índice de inflação tenha alta de 0,59% na margem, abaixo do registrado em maio. Em 12 meses, a alta deve ser de 8,4%.

Nos Estados Unidos, serão conhecidos os dados semanais de seguro-desemprego. A expectativa do mercado é por 350 mil novos pedidos.

À noite, teremos dados importantes de inflação na China. A projeção mediana dos analistas é que os preços aos consumidores subam 1,3% em junho, enquanto os preços aos produtores aumentem 8,7%. A base de comparação é com junho de 2020.

Sexta-feira: B3 fechada

Não haverá negócios na Bolsa brasileira na sexta-feira, por conta de feriado paulista. Lá fora, o dia será menos movimentado, com destaque para novos dados econômicos do Reino Unido.