A semana será marcada no Brasil e no exterior tanto por importantes indicadores econômicos, quanto pelas expectativas em relação ao noticiário político. Neste último campo, os investidores monitoram por aqui as discussões sobre a reforma tributária e a tramitação na Câmara dos Deputados do projeto que institui um teto de juros temporário em duas linhas de crédito.

Já nos Estados Unidos, as atenções estão voltadas às medidas de auxílio econômico decretadas pelo presidente Donald Trump sem autorização do Congresso americano. Também há expectativa sobre a definição da candidatura dos Democratas a vice-presidente, o que pode sinalizar a direção da plataforma econômica de um eventual governo Joe Biden.

Confira a seguir o calendário de indicadores.

Ata do Copom

Na manhã de terça-feira, os analistas irão se debruçar sobre a ata do Copom, em busca de mais pistas sobre a trajetória da Selic. Na semana passada, o comitê reduziu a taxa de juros em 0,25 ponto porcenutal, como se esperava.

Embora o comunicado divulgado na última quarta-feira não tenha descartado em definitivo a possibilidade de novos cortes, o cenário-base da equipe de Macroeconomia do Safra prevê hoje que a taxa seja mantida em 2% ao ano pelo menos até o fim de 2021.

Vendas no comércio

Já na quarta-feira, os investidores monitoram os números do varejo divulgados pelo IBGE. Nossa equipe espera que as vendas no setor tenham avançado 7,5% de maio para junho. Se confirmada a previsão, mais otimista do que o consenso de mercado, a variação seria positiva inclusive na comparação com junho de 2019 – uma alta de 1,0%.

Já na modalidade ampliada, que inclui o comércio de veículos e materiais de construção, nossos especialistas projetam alta de 7,6% na margem, o que significaria uma queda de 3,9% na comparação interanual.

No mesmo dia, serão divulgados dados sobre a inflação americana e sobre o PIB do Reino Unido. A previsão do mercado é de um tombo em torno de 20% no segundo trimestre para o conjunto formado por Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte. Esse deverá ser o pior resultado no período entre os membros do G7.

Serviços prestados

Na quinta-feira, o IBGE apresenta a variação do volume de serviços prestados no país em junho. A estimativa do nosso time é que o setor mais afetado pela pandemia tenha registrado uma queda de 12,0% na comparação com o mesmo mês de 2019. Já o consenso de mercado prevê retração de 13,5%.

No mesmo dia, já com o mercado fechado aqui, a China revela o desempenho da indústria e do varejo em julho. Na manhã de sexta-feira, é a vez dos Estados Unidos divulgarem o resultado nos dois setores no mesmo período.

ʽPrévia do PIBʼ

Por fim, os investidores irão conhecer na sexta-feira o resultado do IBC-Br em junho. A expectativa do mercado é que o índice de atividade calculado pelo Banco Central, considerado uma aproximação do PIB brasileiro em base mensal, tenha acelerado para uma alta de 4,5%, na comparação com maio. O time do Safra espera alta parecida, de 4,7%.