Em maio, o resultado em transações correntes foi superavitário em US$ 1,3 bilhão, segundo dados divulgados pelo Banco Central nesta quarta-feira, 24. O resultado veio abaixo da previsão do mercado de US$ 1,9 bilhão.

Em 12 meses, a conta corrente acumula déficit de US$ 43,8 bilhões, equivalente a 2,54% do PIB, já mostrando desaceleração em relação ao acumulado nesse intervalo até abril (2,6% do PIB).

Nosso time de Macroeconomia explica que os resultados ainda seguem influenciados pela crise causada pela pandemia, mas já observam uma normalização gradual de algumas rubricas das contas de serviços ('Aluguel de equipamentos', por exemplo) e rendas. Ao mesmo tempo, gastos com 'Viagens' e 'Remessas de lucros e dividendos' seguem bastante comprometidos.

Do lado do financiamento, os investimentos diretos no país (IDP) somaram US$ 2,5 bilhões em maio, melhor do que a expectativa do mercado (US$ 1,5 bilhão). Em 12 meses, esses investimentos somaram US$ 75,8 bilhões até maio (4,0% do PIB).

Em linhas gerais, nossos especialistas destacam que, após exibirem uma piora de qualidade ao longo de 2019, refletindo, basicamente, uma redução das exportações, as contas externas passarão por forte ajuste neste ano, devendo apresentar um déficit de apenas 0,5% do PIB em 2020.