A crise gerada pelo coronavírus traz cada vez mais dúvidas sobre a doença e as formas de prevenção. Por isso, convidamos o médico Claudio Lottenberg, que foi secretário municipal de Saúde durante o governo José Serra e atualmente é presidente do Conselho Deliberativo da Sociedade Brasileira Israelita Albert Einstein, para responder às principais questões sobre o tema no nosso canal do YouTube. 

Veja os principais pontos abordados:

Por que o vírus merece tanta atenção?

Lottenberg explicou que, apesar de termos convivido com outras modalidades de coronavírus anteriormente, algumas até mais letais, a COVID-19 necessita de mais cuidados. A diferença é justamente pela alta taxa de transmissibilidade, ou seja, a capacidade de afetar muitas pessoas em um curto período de tempo. Segundo o médico, a quarentena de 15 dias, como decretado em São Paulo e outros estados, é importante para achatar a curva de transmissão.

Quando o Brasil vai atingir o pico de casos?

O especialista prevê que atingiremos o pico da epidemia entre 6 e 30 de abril. Por isso, para que possamos ter leitos de unidades de tratamento intensivo suficientes para todos os que precisarão ser atendidos, é primordial que o foco das próximas semanas seja o achatamento da curva epidemiológica, por meio do isolamento social. 

Já existem remédios contra o coronavírus?

O estrategista do Safra Jorge Sá, que conduziu a entrevista, também perguntou a respeito da cloroquina, composto presente em medicamentos para a malária e a artrite e que pode se tornar uma alternativa de tratamento ao novo coronavírus. 

Lottenberg se disse otimista, visto que a China e os Estados Unidos encontraram bons resultados com o uso desse medicamento. Segundo ele, há uma lógica molecular e intracelular que explicaria como a cloroquina pode prejudicar a replicação viral do coronavírus. Contudo, o médico salientou a importância do resultado de um estudo conclusivo, que deve estar pronto em cerca de 30 dias. 

Posso estar com coronavírus. Quando é hora de procurar um hospital?

“O quadro fica mais complexo quando o paciente apresenta dificuldade respiratória, e ela deve ser o elemento modulador para que se procure um hospital”, disse Lottenberg. Na fase anterior dos sintomas, caracterizada por tosse, pouca coriza, irritação ocular e dor nas costas, os pacientes podem usar a telemedicina para esclarecer dúvidas e buscar orientações. A telemedicina, para os casos nos quais não há falta de ar, também é importante para evitar a busca desenfreada dos pacientes por hospitais.  

O médico também tratou sobre como evitar a disseminação da doença, o tempo necessário de quarentena, fake news e muitos outros assuntos.

Você pode acompanhar a entrevista completa no vídeo abaixo:

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