O balanço de pagamentos, que registra as transações internacionais no país, teve déficit de US$ 3,9 bilhões em fevereiro, segundo dados divulgados nesta manhã pelo Banco Central. O resultado foi um pouco mais negativo do que o esperado pelo mercado e pela nossa equipe de Macroeconomia, que via saldo negativo de R$ 3,3 bilhões.

Na composição do balanço, a linha de ‘Lucros e dividendos’ apresentou saídas mais fortes, assim como os gastos com ‘Aluguel de  equipamento’, mas, na avaliação do nosso time de Macroeconomia, não representam nada fora da sazonalidade. Ao mesmo tempo, houve ingresso de US$ 5,9 bilhões em Investimentos Diretos no País, ligeiramente abaixo do esperado por nosso time, que estimava entrada de US$ 6,2 bilhões.

Mudanças à vista

Nossa equipe de Macroeconomia, no entanto, destaca que a divulgação trouxe dados anteriores ao coronavírus e, nesse sentido, espera uma alteração na dinâmica das contas externas nos próximos meses.

Essa mudança de dinâmica já pode ser vislumbrada pelos números prévios que o BC adiantou sobre o mês de março. Chamou bastante a atenção de nossos especialistas as saídas significativas observadas no mês de março, até o dia 23, em ações (-US$ 6,1 bilhões) e renda fixa (-US$ 10,5 bilhões).