O número de pessoas desempregadas no Brasil ficou em 14,1 milhões nos três meses até outubro, informou o IBGE nesta terça-feira, 29. Já a taxa de desocupação no período foi de 14,3%.

A taxa ficou abaixo das projeções do mercado (14,7%) e do time de Macroeconomia do Safra (14,6%), que destaca que a população ocupada subiu para 83,9 milhões de pessoas na série ajustada sazonalmente, em linha com o esperado, mas 9,8 milhões a menos que o observado em fevereiro, antes da pandemia.

Nossos especialistas reforçam que a taxa de participação avançou para 55,9%, mas o nível ainda é baixo, minimizando o impacto no desemprego. Caso ela estivesse na média histórica, de 61,5%, o desemprego seria de 22,3% na série ajustada, o maior nível histórico.

Outro número que chama a atenção é a taxa de subutilização, que melhorou, mas ainda está bem acima do mesmo período no ano passado.

Nossa equipe também destaca que, entre as 9,9 milhões de ocupações perdidas desde fevereiro, aproximadamente 3,8 milhões foram empregos formais e 6,1 milhões foram informais.

Com a flexibilização das medidas de distanciamento social, a expectativa é que parte dos empregos destruídos possa ser recuperada de maneira relativamente rápida, principalmente no setor informal.

Essa dinâmica já começou a acontecer e nossos especialistas esperam que as próximas divulgações continuem a apresentar resultados melhores.