Quem tem mais experiência no mercado de ações já sabe que é possível ganhar dinheiro com a queda no preço de um ativo. No jargão financeiro, o investidor que se posiciona para isso está ‘vendido’ em determinado papel.

Pois a partir desta segunda-feira, 30, essa ferramenta passa a valer também para os fundos imobiliários (FIIs) e pode beneficiar esse mercado em diferentes aspectos.

Em primeiro lugar, a venda a descoberto pode ser utilizada para corrigir distorções: quem entender que um FII está sendo negociado muito acima do seu preço justo poderá tomar uma posição ‘vendida’ para lucrar com a sua desvalorização.

Trata-se de uma operação mais agressiva, recomendada para investidores com maior capacidade de analisar o mercado e de administrar os riscos envolvidos.

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Mas a novidade também pode ajudar investidores menos arrojados e que visam o longo prazo. Isso porque as operações de ‘short’ são viabilizadas pelo aluguel dos ativos, procedimento que gera uma remuneração ao doador.

Desse modo, o investidor que comprou um FII e não tem intenção de vendê-lo tão cedo pode alugá-lo se desejar receber um retorno adicional.

Aluguel só vale para FIIs mais líquidos

A B3 informou que o empréstimo apenas será permitido para os FIIs com maior liquidez. Foram contemplados somente fundos que tenham em seis meses um volume médio de pelo menos R$ 1 milhão negociados por dia, assim como uma média mínima de 500 cotistas no período.

As novas regras também são válidas para fundos de investimento em participações (FIPs). Veja a seguir os produtos que estarão disponíveis para empréstimos a partir desta segunda-feira.

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