“Vivemos um grau muito grande de incertezas.” A declaração é de Pedro Parente. Atualmente, ele é presidente do Conselho de Administração da BRF, mas acumula em seu currículo um amplo histórico em diversos cargos de gestão pública e privada. Em uma de suas experiências mais relevantes, ele foi o responsável por coordenar a resposta a outra crise de âmbito nacional: a do apagão da energia elétrica, em 2001, época na qual ocupava o cargo de ministro-chefe da Casa Civil.

Pedro Parente é o convidado para o segundo episódio da série “Cenários”, um projeto conduzido em parceria entre o Safra e o Estadão, trazendo a visão de grandes nomes do cenário econômico. As conversas são conduzidas pela jornalista Sonia Racy.

A estreia ocorreu no início do mês, com o presidente do Conselho de Administração da Cosan, Rubens Ometto — você pode rever a transmissão na íntegra aqui.

Crise e impactos na BRF 

Na primeira metade da entrevista, Parente analisou as principais diferenças na crise que vivenciou há quase duas décadas com o período atual. “Essa incerteza [que vivemos atualmente] é muito ruim para a economia e muito angustiante para as pessoas e famílias”, declarou.

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Na segunda parte, o foco se voltou para a BRF, companhia na qual ocupa o assento de presidente no Conselho de Administração. Essa é uma das maiores empresas de alimentos do mundo, segundo anuncia em seu próprio site. Ao comentar sobre os impactos da crise nas operações da BRF, Parente revelou que “a perspectiva inicial foi gravíssima”, mas que o planejamento adequado permitiu se antecipar aos possíveis cenários. “Hoje estamos em situação quase normalizada”, continua.

O executivo ainda passou por temas como segurança alimentar, exportação de alimentos, a transformação da empresa nos últimos anos e os maiores desafios à frente. “Há dois anos, não se podia falar em crescimento, tinha que se falar em salvar a empresa”, relembra. “A situação hoje é muito melhor. Hoje sim a empresa olha e diz: como vamos crescer?”, afirma.

Confira a transmissão na íntegra abaixo: